No Centro de Mato Grosso, Sorriso, a “Capital da Soja”, é um exemplo de prosperidade. O município nasceu há menos de 40 anos, quando uma pequena vila deu lugar ao que agora é uma cidade com 110 mil habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de bilhões de reais, uma das maiores riquezas per capita do Brasil.
O dinheiro da Capital da Soja vem majoritariamente da agricultura. Por esse motivo, o lugar é pujante e repleto de oportunidades para gerar ainda mais riqueza, conforme mostrou o prefeito local, Ari Lafin (PSDB), em uma série de reuniões para investidores na cidade de São Paulo.
Os encontros ocorreram no início de março, na sede da NW Group, no bairro Brooklin. Por trás da iniciativa, atrair investimentos para acelerar ainda mais o crescimento do município com a maior produção soja no Brasil — grão carro-chefe do agronegócio nacional.
A ideia é mostrar ao mundo que a cidade tem muito a crescer e é receptiva a migrantes, como é o próprio prefeito. Ele nasceu em Santa Rosa, no Paraná, em 1972 e chegou a Sorriso, em 1986, aos 11 anos, quando o lugar ainda era um distrito. Artur, seu pai, mudou-se para trabalhar como operador de secador de grãos em uma fazenda.
Lafin, o filho, começou a trabalhar como office boy na adolescência. Formou-se contador, se tornou empresário e, depois, político — aproveitando as oportunidades proporcionadas pela geração de riqueza com a onda de crescimento.
Como prefeito, hoje ele diz que o lugar que governa está repleto de oportunidades para mão de obra qualificada. Eles vão desde a demanda por operadores de máquinas (que podem ganhar R$ 10 mil de salário) até técnicos, professores, médicos, gestores, programadores e engenheiros — além, é claro, de empresários e investidores.
Sorriso em números
Em 2021, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou o PIB municipal em R$ 12,5 bilhões. Comparado com a população daquele ano, R$ 131 mil por habitante. Essa cifra supera, por exemplo, a de São Caetano do Sul (R$ 95 mil), no ABC paulista — cidade tida como modelo de desenvolvimento.
Para 2024, a prefeitura sorrisiense estima que o PIB seja ainda maior: por volta de R$ 17 bilhões. E a população deve chegar a 140 mil moradores.
Em meio a todo o crescimento econômico e populacional, é preciso atender às demandas de hoje e aproveitar as que estão por vir. A mais latente delas é de armazéns para estocar grãos.
Oportunidades na Capital da Soja
Boa parte da safra de soja, por exemplo, acaba ficando estocada nas carretas de caminhões por falta de um lugar adequado, antes do escoamento. Isso no município que, caso fosse um país, teria a 12ª maior produção dessa cultura no planeta — o que garantiu ao lugar US$ 1,6 bilhão em exportações em 2023.
Outro grão que se destaca (e também sofre com a falta de armazéns) é o milho — com uma colheita de 3,8 milhões de toneladas e a receita de US$ 1,2 bilhão com as vendas a outros países.
Ao todo, o município faturou quase R$ 2,8 bilhões com o comércio internacional em 2023. É a mesma receita com exportações de São José dos Campos (SP), que abriga, entre outras indústrias, a sede da Embraer — umas das maiores fabricantes de aviões do planeta.
O investimento no setor industrial, aliás, é uma das grandes oportunidades da Capital da Soja, segundo. “A industrialização é o grande tema para Sorriso, o Mato Grosso e o Brasil”, disse o prefeito à reportagem de Oeste. “Os grãos que nós produzimos precisam ser transformados dentro do país.”
O leque é amplo. Soja e milho são grãos utilizados mundialmente tanto para engordar animais, como aves e suínos, que os frigoríficos transformam em cortes de carnes, embutidos e até insumos para o setor de cosméticos, quanto para fabricar farinhas, óleos comestíveis, matérias-primas para as indústrias de alimentos, bebidas, limpeza, automotiva, higiene pessoal e beleza.
????????????SIM!!!. É terra para investimentos.
MAS se não investirem PESADO as Organizações Criminas também já investindo por lá..e estão obtentendo retorno, pois a Criminalidade tem corrido solto na cidade.