Maior cliente do agro brasileiro no mercado externo, a China reduziu a participação na balança comercial do setor. O gigante asiático respondeu por cerca de US$ 30 em cada US$ 100 que esse segmento faturou com exportações em 2024 — é a menor fatia desde 2017.
O resultado se deu em meio à redução do faturamento com os embarques de grãos de soja, principal produto na pauta de exportações do agro brasileiro para a China. A participação menor ocorre, principalmente, devido à redução na receita com as exportações de soja para o gigante asiático.
Soja: do agro do brasileiro para a China
A cada US$ 30 que o setor fatura com a China, US$ 20 vêm dos embarques do grão. Ao longo de 2024, esse mercado rendeu US$ 31,5 bilhões ao Brasil, o que representa uma queda de 19% em relação ao ano anterior.
A queda da receita tem dois fatores: a diminuição da quantidade exportada e a redução do preço médio por tonelada, conforme mostram os números do governo federal.
Em 2023, o Brasil enviou 74 milhões de toneladas de grãos de soja para a China, com o preço médio por tonelada em US$ 522. No ano de 2024, a cotação caiu, e o valor médio passou para US$ 434, enquanto o país vendeu 72 milhões de toneladas aos chineses.