O governo chinês pretende aumentar a produção de grãos dentro de suas fronteiras. O governo visa a reduzir a dependência do mercado externo. Entre os cultivos que a China pretende expandir, está a soja, conforme anunciou o Ministério da Agricultura do país.
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O gigante asiático depende da compra de grãos no mercado externo para manter sua segurança alimentar — um grande impulso às exportações brasileiras. A demanda da China por grãos criou o mercado para o Brasil se tornar o maior produtor de soja do planeta.
A dependência da China de soja do Brasil
Das 144 milhões de toneladas de soja colhidas no Brasil em 2024, cerca de 60% foi exportada para o mercado chinês no formato in natura. De acordo com os dados oficias, foram quase 90 milhões de toneladas, o que corresponde a 70% de todo o consumo do gigante asiático.
Para o Brasil, as exportações de soja representam um mercado de quase US$ 45 bilhões. Para a população chinesa, as importações são fundamentais para garantir a nutrição de sua principal fonte de proteína animal: o rebanho de suínos.
Além disso, o grão é usado como matéria-prima para a indústria de alimentos, na fabricação de óleos, molhos e farinhas, além de gerar insumos para outros ramos industriais. Na lista estão a produção de itens de higiene pessoal, como sabonetes e pastas de dentes, lubrificantes automotivos e biocombustíveis, entre outros.
A China é o bicho papão do mundo. Um regime “teoricamente” comunista e orientações mercadológicas extremamente capitalistas. Garante, a todo custo, sua produtividade e consumo interno, e apesar de tudo, tem excelentes indicadores de qualidade da população.
Enquanto os EUA “se garante” às custas de embargos, boicotes e sua máquina de guerras (literalmente), a China trabalha por resultados sólidos e educação mercadológica.
Em alguns anos, cessará a dependência do nosso Agro, assim como em 2030, quando cessará sua dependência de papel e celulose oriundos do Brasil.