Em prognóstico climático divulgado nesta quarta-feira, 5, o Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que as chuvas ainda vão ser uma constante no país neste mês de março, especialmente em grande parte da Região Norte, em áreas do Centro-Oeste e do Sul. Confira aqui a íntegra da nota técnica.
+ Leia mais notícias de Agronegócio em Oeste
Em linhas gerais, as chuvas são bem-vindas para o produtor rural, que necessita preparar o solo para o plantio e também para o bom desenvolvimento da cultura agrícola que cultiva. No entanto, para a colheita, as precipitações podem ser um fator prejudicial, ainda mais em excesso.
Grande parte da lavoura do Brasil se concentra nas regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste. São áreas que inspiram atenção e que vêm recebendo ora muitas chuvas, ora calor intenso.
Num momento em que as safras de arroz, feijão, milho e soja estão em processo de colheita, tanto nessas regiões quanto em áreas do Nordeste, como a Bahia e o Piauí, essas chuvas demandam atenção.
Prognóstico climático do Inmet para março

De acordo com o prognóstico climático de março, as chuvas ficarão mais concentradas nas regiões Norte e Nordeste, onde deverão ficar acima da média do mês. Atenção ao nordeste e ao sudeste de Mato Grosso, que podem registrar chuvas em torno de 250 mm, atrasando a colheita do arroz.
De acordo com o monitoramento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta região, somente 10% do arroz havia sido colhido até o final de fevereiro. O processo da colheita vai depender bastante do regime de chuvas, salientou a agrônoma da Conab, Patrícia Campos, que também afirmou que “chuvas em excesso poderão atrapalhar o ritmo da colheita”.
Leia também: “O petróleo é coisa nossa”, reportagem de Artur Piva publicada na Edição 257 da Revista Oeste
As precipitações também poderão ficar acima da média do mês, com um volume aproximado de 130 mm, no norte do Rio Grande do Sul e na faixa central e leste de Santa Catarina. Apesar disso, estima-se um baixo prejuízo às lavouras.
Chuva boa
Para o plantio das culturas, o aporte hídrico é fundamental para o enchimento e a maturação dos grãos – desde que não em excesso. Assim, garante-se uma janela de umidade própria para o plantio da segunda safra, destaca a meteorologista do Inmet Danielle Ferreira.
Patrícia Campos, da Conab, ressalta que o principal prejuízo na lavoura ainda é a falta de chuvas, e não o excesso.
Leia mais: “Na agropecuária nada se perde, nem a fumaça”, artigo de Evaristo de Miranda publicado na Edição 255 da Revista Oeste
As chuvas deste período favoreceram a semeadura da segunda safra do milho, que já ultrapassou os 50%, e a do algodão, que está praticamente finalizada. “A chuva atrapalha a colheita, mas no geral é benéfica para o plantio”, conclui Patrícia.