Por volta de 80% da produção gaúcha de noz pecan pode ter se perdida em meio às enchentes no Rio Grande do Sul. A estimativa é da associação dos agricultores que produzem essa iguaria no Estado — o grande responsável pela safra no nacional, a quinta maior do planeta.
O órgão é o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), ele afirma que os produtores já enfrentavam problemas com a irregularidade de chuvas e de temperaturas.
“Agora, com as últimas enchentes, o IBPecan adotou como número geral uma perda média de 80% da colheita em relação ao ano passado”, diz Eduardo Basso, presidente do instituto. “Vamos colher apenas 20%, ou seja, em 2023 tivemos uma produção de cerca de 4,5 mil toneladas e neste ano a colheita no Rio Grande do Sul ficará entre mil e 1,5 mil toneladas”.
Produtores de noz pecan pedem ajuda
Para enfrentar as devastações, o IBPecan enviou aos governos federal e estadual pedido R$ 260 milhões em crédito.
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De acordo com Basso, R$ 112 milhões são em financiamento para os agricultores recomporem os pomares. Cerca de R$ 50 milhões teriam como destino a criação de um fundo para que Embrapa, Emater e universidades possam orientar e qualificar os produtores na fase de reconstrução. Por volta de R$ 100 milhões, para formação de linhas para capital de giro, somando indústria e agricultura.
A noz pecan ajuda a movimentar a economia de 215 municípios do Rio Grande do Sul. Seu cultivo ocorre em cerca de 1,5 mil propriedades gaúchas, muitas delas são pequenas e têm menos de 10 hectares. Contudo, também existem agricultores maiores, que podem chegar até 700 hectares.