As contratações de crédito rural chegaram a R$ 97,7 bilhões nos primeiros três meses desta safra 2021/22, que teve início em julho. O montante é 37% superior ao registrado de julho a setembro de 2020, distribuídos em 668 mil contratos.
Os números estão no balanço do crédito rural divulgado na terça-feira 5 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todas as categorias de financiamento tiveram forte avanço no ciclo atual. O maior volume de recursos saiu para as operações de custeio, com R$ 52,6 bilhões.
O destaque ficou por conta dos empréstimos para novos investimentos, que cresceram quase 60%, na comparação com 2020, chegando a R$ 29,5 bilhões.
De acordo com o estudo, os produtores rurais da Região Sul foram os que mais contrataram financiamentos. O balanço mostra ainda a forte demanda nas Regiões Norte (aumento de 64% no valor) e Nordeste (alta de 34%).
O crescimento reflete a demanda intensa dos produtores rurais por empréstimos mais baratos. A disparada da Selic — taxa básica de juros da economia — intensificou a busca dos agricultores e pecuaristas pelas linhas com taxas controladas.
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