Nos cinco primeiros meses deste ano, a produção brasileira de alimentos criou 113 mil postos com carteira assinada no setor — o melhor resultado para o período desde 2012. A análise, feita com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, consta no último Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em maio, o saldo positivo foi de 42.426 vagas, com destaque para a Região Sudeste, que gerou 39.120 vagas. Esse resultado reflete o início da colheita de algumas culturas, como café, laranja e cana-de-açúcar.
O Nordeste, o Centro-Oeste e o Norte também tiveram crescimento: 2.300, 1.449 e 991, respectivamente. A baixa ficou na Região Sul, onde 1.334 vagas foram perdidas no mês.
Culturas que puxaram o resultado
O cultivo de café foi a produção de alimento que mais contribuiu para o bom resultado na criação de postos de trabalho no agro no último mês. Com o início da colheita do grão, principalmente na Região Sudeste, foram geradas 13.644 vagas.
Na sequência, aparecem: o cultivo de laranja (9.090), de cana-de-açúcar (4.148), a criação de bovinos para corte (3.885) e os serviços de preparação de terreno para plantio ou colheita de outras culturas (3.759).
Resultado geral
Em relação ao resultado geral de maio, com a criação de 280.666 vagas no país, a CNA avalia que “o mercado de trabalho formal responde ao avanço da vacinação e da atividade econômica, que apresentou sinais de melhora no início de 2021, com geração de empregos em todos os setores da economia”.
Entretanto, o Comunicado Técnico da entidade ressalta que, apesar do bom resultado, “a compensação apenas recupera a perda, mas é preciso avançar nas novas contratações”.
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