Quando comparado aos países do globo, Mato Grosso possui uma das maiores safras de soja do planeta. A análise foi feita por Pedro Nessi Snizek Junior, supervisor agropecuário da divisão mato-grossense do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Hoje o Mato Grosso produz de 9% a 10% da soja do mundo”, disse Snizek. “Se o Estado fosse um país, seria o terceiro ou quarto maior produtor.”
Os agricultores mato-grossenses, de acordo com o especialista, respondem por cerca de 30% da colheita do grão do país. “Em 2023, estima-se uma produção de 44 milhões de toneladas”, afirmou.
As informações apresentadas encontram lastro nas projeções registradas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Pelas estimativas do órgão, a colheita deste ano do grão no Estado será menor apenas que as de dois países: Brasil e EUA — primeiro e segundo colocados no ranking global da cultura.
Segundo Snizek, o fluxo migratório da década de 1980 está entre os fatores para o sucesso. “Esses produtores vendiam uma área de 50 hectares no Sul e compravam outra de mil hectares no Mato Grosso, desbravando a região”, disse sobre a evolução do plantio de soja no Estado.
Além disso, ele cita o desenvolvimento tecnológico como uma das chaves para o boom agrícola do Estado. Nesse quesito o grande destaque é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Os pesquisadores da Embrapa, em parceria com os produtores, desenvolveram sementes e técnicas de plantio e de manejo adaptadas para as condições de solo e clima do Estado. Desse modo, o trabalho da estatal viabilizou que as fazendas do Mato Grosso se destacassem quanto à safra de soja do planeta.
Os Gaúchos deram nó em pingo d’água. A maior parte desta migração para o Mato Grosso se deu quando o estado era gerido por petistas.
Só os pecuarista resistiram em ficar no RS, mas os lavradores pensaram ainda melhor.