A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) está em contato com os sindicatos rurais paulistas para avaliar a extensão dos danos provocados pelos recentes incêndios no interior do Estado.
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Os principais objetivos do órgão são auxiliar os produtores e demandar políticas públicas. Dessa forma, ele tenta evitar autuações e recuperar as propriedades que foram submetidas às chamas das queimadas.
De acordo com informação da Faesp, os sindicatos irão levantar dados sobre as áreas das propriedades atingidas, se há terras de Área de Proteção Ambiental que foram prejudicadas pelo fogo e a extensão dos danos em relação à plantação, aos equipamentos e aos animais.
Orientações da Faesp sobre os incêndios em São Paulo
A Faesp orienta o produtor que teve propriedades atingidas para que elabore um boletim de ocorrência com todos os detalhes do incêndio, busque testemunhas e documente o ocorrido com fotos e vídeos.
Além disso, o órgão pede para que o produtor afetado procure a Casa da Agricultura de seu município para emissão de um termo. Este poderá protegê-lo de sanções e multas relacionados a danos ambientais.
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“Pedimos que os sindicatos rurais nos envie informações detalhadas sobre os impactos dos incêndios em suas regiões”, disse o presidente da Faesp, Tirso Meirelles. “Essas informações serão fundamentais para que a Faesp possa subsidiar o governo do Estado na elaboração de medidas mais abrangentes e efetivas de apoio aos produtores rurais afetados.”
Queda na produção agrícola
Meirelles alerta ainda sobre a possibilidade da queda da produção agrícola nos próximos anos, como resultado dos efeitos do incêndio. Segundo ele, os casos mais severos podem exigir até dois anos de trabalho com o solo.
“Com a redução da biodiversidade do solo, como consequência do fogo, recuperar a terra para plantio pode levar até dois anos, em casos mais graves”, afirmou. “A Faesp dará as orientações aos produtores sobre como proceder a partir de agora.”
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Aos produtores rurais que tenham financiamentos de custeio, investimento ou comercialização vigentes, ou, ainda, apólices de seguro ativas, o órgão diz para comunicarem formalmente a instituição financeira credora e a seguradora.
A comunicação deve ter realização imediata, com o conteúdo dos fatos ocorridos e com fotos, vídeos e demais materiais que comprovem os incêndios, além do boletim de ocorrência. Os produtores devem também, desde já, solicitar vistorias para a comprovação dos danos.
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A Faesp disponibilizou aos produtores e sindicatos rurais dois canais de comunicação. Um deles é para denúncias de atos criminosos, e o outro, para envio de fotos e vídeos que documentem os impactos causados.
Para denúncias de atos criminosos, o produtor pode enviar informações e materiais, com garantia de anonimato, para o e-mail [email protected]. Para compartilhar registros dos incêndios florestais, o e-mail é [email protected].
Alguma invadida pelos terroristas do MST, pegou fogo.
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