Prato típico nos almoços da Sexta-Feira Santa e da Páscoa, o legítimo bacalhau do Porto não vive na costa de Portugal. Essa iguaria marinha é da espécie Gadus morhua. Na verdade, a pesca ocorre nas águas gélidas de lugares como a Noruega.
O bacalhau em si não é uma espécie de peixe, mas sim um conjunto delas — e a mais nobre é a Gadus morhua. Geralmente, a venda ocorre depois da carne passar pela salga — um processo à base de sal para a conservação em temperatura ambiente.
O prato se tornou um símbolo da culinária portuguesa por causa das grandes navegações, como aquelas que descobriram o Brasil em 1.500. De acordo com a BBC, tudo começou no século 14, quando a marinha lusitana percebeu que, com a salga, essa carne poderia durar por anos nos porões dos navios. Para garantir o suprimento de alimentos em viagens que levavam meses, em uma época anterior à invenção dos equipamentos elétricos de refrigeração.
Tipos de bacalhau além do Porto
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, a legislação brasileira afirma que três espécies de peixe podem ser vendidas como bacalhau — além de o “do Porto”, a lista inclui o (Gadus morhua), a do Pacífico (Gadus macrocephalus) e a da Groelândia (Gadus ogac).