Há quem pense que mandioca é tudo igual, mas assim como os diferentes nomes encontrados pelas regiões do país — aipim e macaxeira — esse alimento é diferente. A mandioca tem origem na América do Sul, mas está presente em mais de 100 países. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor, com 10% do mercado mundial.
A mandioca está entre os alimentos biofortificados, como são chamados aqueles que passam por melhoramento genético – ou seja, quando há a seleção e o cruzamento de plantas da mesma espécie. Esse processo é desenvolvido pela Rede BioFORT, coordenada pela Embrapa, e a ideia é diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar e nutricional.
“O país adoça o mundo“, artigo publicado na Edição 57 da Revista Oeste
A pesquisa pública brasileira desenvolveu mais de 160 variedades, oferecendo ao mercado mandiocas de polpa rosada ou amarela ou até com licopeno — substância que reduz o risco de doenças crônicas. Há, inclusive, folhas de mandioca que ajudam a combater a desnutrição infantil. Em seis anos, os pesquisadores conseguiram mandiocas com alta presença de betacaroteno (precursor da vitamina A).
Pela fácil adaptação, a cultura está presente em todos os Estados do país e é um dos oito primeiros produtos agrícolas em termos de área cultivada e o sexto em valor de produção.
Mais diferenças
Esse alimento, presente na mesa dos brasileiros, é mais conhecido como mandioca no Sul e Sudeste, e no Rio de Janeiro também é encontrado como aipim. Já no Norte e Nordeste, além de aipim, recebe o nome de macaxeira.
Embora tenham se tornado sinônimos, a mandioca, a macaxeira e o aipim são diferentes entre si. A mandioca tem sabor amargo e muita fibra. Por isso, não é possível fazer o cozimento, sendo usada somente para fins industriais. No prato, ela aparece, por exemplo, em forma de farinha.
Já o aipim e a macaxeira têm menos fibra e são mais doces. Podem, por isso, ser cozidos, fritos ou consumidos de outras formas, como em bolos.
A mandioca ou mandioca brava é muito tóxica e é utilizada para fazer a farinha. Não se come a mandioca, pelo menos aqui em Sergipe. A que se come frita ou cozida é a macaxeira, que também é conhecida como Aipim.
Sou do Sul de Santa Catarina e aqui chamamos de Aipim. Apenas a farinha é chamada de “farinha de mandioca”, pois vem escrito na embalagem.
Já conheço a planta, inclusive planto aqui no meu quintal, pelo nome de mandioca. Agora essa estória de que a raiz é amarga e com muita fibra, o autor do texto confundiu com a mandioca brava que inclusive é muito tóxica. A variedade que tenho aqui é a mandioca manteiga, levemente amarelada de fácil cozimento e derrete na boca ao cozer e depois fritar. Excelente prato.
O autor dessa matéria esqueceu da região centro-oeste.