A Marfrig vendeu R$ 7,5 bilhões em ativos para a Minerva. O negócio envolveu frigoríficos dentro e fora do Brasil, incluindo bovinos e ovinos. Ambas brasileiras, as duas empresas estão entre as maiores processadoras de carne do planeta.
O pagamento será realizado em duas parcelas. A Marfrig, que segue como controladora da BRF, divulgou os detalhes da operação na segunda-feira 28, por meio de um comunicado ao mercado.
A primeira parcela é um sinal de R$ 1,5 bilhão; ela foi paga no anúncio da operação. Desse modo, o restante (R$ 6,5 bilhões) da quitação deve ocorrer depois da conclusão do negócio.
Alívio nas dívidas da Marfrig
As vendas de ativos da Marfrig ocorrem em meio aos prejuízos registrados pela empresa. Em junho, o caixa fechou o terceiro trimestre seguido no vermelho. Foram R$ 784 milhões a menos, somente nesse período.
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Antes do negócio, a dívida líquida da empresa correspondia a quatro vezes o lucro, sem descontar os impostos. O incremento vai reduzir a alavancagem para três vezes.
A aquisição envolve 11 plantas e um centro de distribuição no Brasil, além disso entram na conta uma unidade industrial na Argentina e outras três fábricas no Uruguai. O negócio também inclui a compra de uma planta de cordeiros no Chile, contribuindo para a estratégia de diversificação de proteínas e atuação em mercados de nicho e de alto valor agregado.
Expansão da Minerva
Com a venda, a Marfrig transfere a capacidade de abate de 13 mil cabeças de gado bovino por dia. A operação corresponde a uma expansão de 44% para a Minerva, conforme declarou a companhia compradora.
Além disso, também há transferência de capacidade para o abate de 6,5 mil cabeças de carneiros. Assim, há um ganho é de 25%.
“Com base na análise de sensibilidade feita para a operação, a receita líquida das plantas adquiridas somada com a receita líquida atual da Companhia resultará num montante superior a R$ 50 bilhões.”, informa a Minerva em nota. No segundo trimestre, o faturamento de 12 meses da empresa fechou em R$ 30 bilhões.