Os rótulos das garrafas de azeite já não dão conta de tantas informações. Dessa forma, falar de particularidades como país de origem ou nível de acidez já não é suficiente aos produtos considerados artesanais ou de classificação premium. O foco, agora, são as premiações.
Para assegurar uma boa reputação e, consequentemente, mercado, é necessário, principalmente, conquistar selos, medalhas, troféus e posições em rankings internacionais.
Premiações viram ‘bússola’ para os produtores
E, neste caso, a referência de abordagem é o azeite de oliva extravirgem com acidez inferior a 0,8 grama por 100 gramas, conforme o Conselho Oleícola Internacional (COI).
De fato, conquistar premiações mundo afora tornou-se uma espécie de bússola àqueles que se interessam, primeiramente, em investir numa safra de produtos realmente especiais.
O prêmio Mario Solinas Quality Award serve como exemplo de objetivo a ser alcançado. O título de reconhecimento homenageia o pesquisador italiano que auxiliou na criação dos critérios de qualidade do produto.
A disputa tem tamanha relevância que, além da chancela organizacional do COI, recebe todos os anos, há mais de duas décadas, amostras de todo o mundo.
Objetivo é incentivar o mercado
O que se quer, em última análise, é encorajar produtores, associações e distribuidores a comercializarem azeites de oliva extravirgem.
Ao mesmo tempo, “o interesse é incentivar os consumidores a apreciarem seus atributos”, conforme explica a chefe da Unidade de Normalização e Investigação do COI, Mercedes Fernández Albaladejo.
Critérios passa por revisões regulares
Chefe da Unidade de Economia e Promoção do mesmo órgão, Maria Juarez diz: “O prêmio reconhece a mais alta qualidade dos extravirgem, concentrando-se em fatores como frutado, harmonia, sabor, aromas e excelência geral”.
As diretrizes, as categorias e os requisitos de envio precisam de reavaliação a cada edição do Mario Solinas pelos especialistas do COI.
+ Leia mais notícias de Agronegócio na Oeste
Com degustação às cegas, o prêmio reúne líderes de painéis de degustação do mundo todo. Na condição de jurados, eles devem seguir rigorosamente as regras de análise sensorial na avaliação das amostras. Afinal, depois da conferência, não há espaço para apelação.
Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, em Canguçu (RS), o Potenza Frutado é o primeiro (e ainda único) brasileiro a conquistar o Mario Solinas de Melhor Azeite do Hemisfério Sul na competição mundial.