Apenas a riqueza material não garante o crescimento de uma população, condição indispensável para assegurar a sobrevivência de um povo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 60 países devem terminar 2025 com menos habitantes do que no ano anterior. A lista inclui lugares prósperos — alguns deles no clube dos mais ricos do planeta.
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O Japão, por exemplo, há décadas atrai brasileiros dispostos a enfrentar todo tipo de trabalho para melhorar de vida. Ainda assim, a população local se reduz anualmente desde 2011.
A queda da população no Japão
Em 15 anos, o país ficou 4 milhões de habitantes menor — e isso depois de receber 2 milhões de imigrantes no mesmo intervalo. A redução no número de habitantes no território japonês supera a população inteira de um país como o Uruguai, que tem 3,6 milhões de moradores.
Entre as nações cujas populações devem encolher ao longo deste ano, 16 recebem mais imigrantes do que perdem. Além do Japão, essa lista inclui lugares como Itália, Mônaco, Portugal, Espanha e Coreia do Sul. Em todos eles, há outra característica comum: a baixa taxa de fecundidade.
Os sul-coreanos vivem a condição mais alarmante: a taxa de fecundidade está abaixo de 1 — a menor do planeta. Esse número indica a quantidade média de filhos por mulher em idade reprodutiva.
Atualmente, a taxa de fecundidade da Coreia do Sul é de 0,7. Isso equivale a dizer que apenas 7 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva têm filhos. Em 2025, a Coreia do Sul perderá 40 mil habitantes, caindo para pouco menos de 51,7 milhões de pessoas.
Segundo as projeções da ONU, se o país seguir no mesmo caminho, chegará a 2100 com apenas 21 milhões de moradores. Ao mesmo tempo, a vizinha Coreia do Norte, famosa pela falta de prosperidade, deve reduzir sua população em uma proporção menor. O país tem hoje cerca de 26 milhões de habitantes.
Em 2100, o número deve cair para 19,5 milhões. Ou seja, por razões diferentes, as duas Coreias terão populações cada vez mais próximas em tamanho.