Milho e cana-de-açúcar são os grandes responsáveis pela oferta de etanol no Brasil. Esses dois produtos agrícolas são as matérias-primas para a fabricação do combustível. Na safra de 2025, apenas a geração a partir do grão deve aumentar, de acordo com as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção de etanol de milho deve fechar em nível recorde pelo sexto ano seguido em 2025. Diferentemente do combustível de cana-de-açúcar, para a qual há a previsão de uma queda de 4% — essa ainda é a principal matéria-prima para o setor.
Pelas estimavas da Conab, a perda de oferta de álcool com origem nos canaviais será 1,2 bilhão de litros em 2025. É quase a quantidade adicionada pela geração com o grão. O acréscimo deve chegar a 1 bilhão de litros.
Assim, somando milho e cana-de-açúcar, a produção de etanol do Brasil de 2025 deve fechar 35,4 bilhões de litros — 200 milhões de litros a menos que no ano anterior. Os milharais responderão por quase 8 bilhões de litros e os canaviais, por 28,5 bilhões de litros.
Maiores produtores de etanol do Brasil
São Paulo é o maior produtor nacional — o Estado responde por 37% da oferta do país. Contudo, apenas a cana-de-açúcar move a indústria paulista.
Na segunda posição, desponta o Mato Grosso, com 16% de toda produção nacional. E o maior responsável por isso é o milho, que responde por 80% da produção estadual.
De acordo com a Conab, as usinas mato-grossenses devem gerar 4,6 bilhões de litros de do combustível de milho em 2025. É mais que toda a produção de etanol de Minas Gerais, a terceira maior do Brasil. Os mineiros vão produzir 3 bilhões de litros — e tudo feito exclusivamente com cana-de-açúcar.