Com a invasão russa da Ucrânia, a cotação do trigo na bolsa de Chicago na quinta-feira 24 chegou ao seu maior nível desde 2012. A alta ficou em pouco mais de 5%. A tensão ocorre porque os dois países juntos respondem por 30% de todas as exportações do cereal no mundo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o comércio entre países movimentou quase 200 milhões de toneladas de trigo em 2021. A Rússia respondeu por cerca de 20%, e a Ucrânia por quase 10%. Desse modo, as exportações somadas das duas nações em conflito corresponderam a 30% do total.
A Rússia foi o maior exportador global de trigo no ano passado e a Ucrânia ficou na sexta posição desse ranking, conforme os dados do USDA. Nessa lista, a União Europeia aparece na segunda posição seguida de Canadá, Estados Unidos e Austrália.
O órgão norte-americano também faz a listagem pelas nações que mais importam o cereal. O Brasil aparece como quinto maior comprador mundial de trigo. Em 2021, o país absorveu 6 milhões de toneladas vindas de outros países, o que correspondeu a quase metade de todo o consumo nacional.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, o consumo brasileiro de trigo em 2022 será de aproximadamente 14 milhões de toneladas. A produção nacional para o período é projetada em mais de 7 milhões de toneladas. Ou seja o país vai precisar de 7 milhões de toneladas do grão exportadas por outros países.