Neste sábado, 15, a Secretaria de Agricultura de Santa Catarina confirmou o primeiro foco de infecção pelo vírus da gripe aviária (H5N1) em animal de criação doméstica.
Segundo o órgão, o caso não deve impactar diretamente o comércio internacional, visto que não houve registros em granjas comerciais.
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O Estado já teve outro caso do vírus confirmado, em São Francisco do Sul, mas em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real.
Por que o primeiro caso de gripe aviária é motivo de atenção?
Santa Catarina é o segundo maior produtor e exportador de frango do Brasil, atrás do Paraná. Por isso, a Secretaria de Agricultura Estadual antecipou-se a pessoas dúvidas e informou que o comércio não será comprometido.
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“A ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves de subsistência não compromete a condição sanitária do Estado de Santa Catarina e do país, já que a produção comercial segue sem qualquer registro”, informou, em nota, a secretaria.
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O Ministério da Agricultura confirmou a informação. Agora, o Brasil soma 64 focos de gripe aviária.
Confira a lista dos Estados em que o H5N1 deu as caras:
- Espírito Santo;
- Bahia;
- Paraná;
- Rio de Janeiro;
- Rio Grande do Sul;
- Santa Catarina; e
- São Paulo.
Não há registro da doença na produção comercial. Segundo o Ministério da Agricultura, as notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre do vírus.
Por esse motivo, não há restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Leia na íntegra a nota da Secretaria de Agricultura de Santa Catarina
“A Secretaria de Estado da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) informam a detecção de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) em Santa Catarina, no município de Maracajá, em uma criação de subsistência (fundo de quintal).
As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal — OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária. O diagnóstico foi confirmado na data de hoje, dia 15 de julho de 2023.
A ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves de subsistência (fundo de quintal) não compromete a condição sanitária do Estado de Santa Catarina e do país como livre de IAAP, já que a produção comercial segue sem qualquer registro. Portanto, não devendo impactar no comércio internacional de produtos avícolas de Santa Catarina como consequência da notificação.
As medidas sanitárias estão sendo aplicadas para contenção e erradicação do foco de IAAP, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Novas medidas poderão ser adotadas pelo Mapa e pela Cidasc para evitar a disseminação do vírus e para manter a avicultura catarinense protegida.
Recomendamos a comunicação imediata à CIDASC em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de Influenza Aviária (sinais respiratórios, neurológicos, tais como dificuldade respiratória, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita). Essa comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou ainda, diretamente em um escritório local da CIDASC, contatos disponíveis no site cidasc.sc.gov.br/estrutura-organizacional.
Reitera-se o alerta máximo à adoção das medidas de biosseguridade para a avicultura comercial e a proibição de visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. Permanece também a recomendação da restrição de acesso ao ambiente externo para aves criadas livres e mesmo aves de subsistência, a fim de proteger a saúde e segurança do plantel avícola catarinense.
A realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves continua suspensa em todo território catarinense e nacional, de acordo com a Portaria MAPA nº 572, de 29/3/2023.
Atualmente, o Brasil conta com 64 focos de IAAP detectados nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Não há registro da doença na produção comercial.
Por fim, informamos que o consumo da carne de aves e ovos é seguro, conforme respaldado cientificamente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacionalmente.”