A seca que atinge a região Sul do Brasil, em especial o Paraná, já está provocando efeitos negativos sobre as lavouras.
As safras de soja e milho que foram plantadas em agosto do ano passado e serão colhidas nos próximos meses já não serão mais do mesmo tamanho que o esperado inicialmente.
Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, referente às condições das lavouras avaliadas em dezembro, indicam que a safra de soja do ciclo 2021/22 será de 18,4 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 12,1% em comparação à estimativa divulgada em novembro, quando os efeitos da seca ainda não eram tão claros.
Com o ajuste na previsão de colheita, o Paraná deverá ter agora uma queda de 6,7% na oferta da safra atual em comparação às 19,7 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2020/21. Na prática, a estiagem fez com que 2,5 milhões de toneladas de soja desaparecessem das lavouras do Paraná em apenas um mês.
No final de dezembro, quando o Deral fez o primeiro levantamento das condições das lavouras de soja do Estado, 57% da área plantada encontrava-se em boas condições. Atualmente, esse porcentual é de apenas 30%. Para efeitos comparativos, no mesmo período do ano passado, 87% das lavouras de soja paranaense estavam em boas condições.
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Lavouras de milho tiveram queda de 12%
A estimativa de produção referente a dezembro foi de quase 3,7 milhões de toneladas. O volume representa um corte de 12,2% em comparação às 4,1 milhões de toneladas previstas em novembro.
Contudo, o novo número ainda significa uma oferta maior na primeira safra de milho da ordem de 18% em comparação à colheita do ano passado, porém, bem abaixo do crescimento de 34% esperado em novembro.
A estiagem também foi a responsável pelo desaparecimento de mais de 500 mil toneladas de milho em um mês. Em apenas uma semana, o porcentual de lavouras em boas condições caiu praticamente pela metade, saindo de 63% para os atuais 35%. No mesmo período do ano passado, 90% da área plantada com milho no Paraná estava em boas condições.
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