O Brasil concentra 76,4% agtechs (startups do agro) da América Latina. É o que mostram os números do mais recente levantamento da plataforma Distrito.
De acordo com a pesquisa, as startups do agro brasileiro receberam por volta de US$ 500 milhões. A cifra corresponde 80% de todo o investimento nas agtechs da América Latina de 2019 a 2023.
As startups do agro
Liderando o apetite dos investidores, aparecem as empresas inovadoras focadas na produção agropecuária. Somando todo o mercado latino-americano, elas receberam aportes no período que somam quase US$ 287 milhões.
Na segunda posição, estão as companhias focadas em gestão e gerenciamento (US$ 187 milhões). Em sequência aparecem finanças (US$ 89 milhões), cadeia de suprimentos (US$ 70 milhões), biotecnologia (US$ 21 milhões) e agropecuária sustentável (US$ 15 milhões). Ao todo, os investimentos nas startups latino-americanas do agro somaram US$ 606 milhões.
Entre os países, o segundo maior volume recursos foi destinado à Argentina: pouco mais de US$ 100 milhões. A Colômbia figura na terceira posição (US$ 52 milhões), México (US$ 11 milhões), Chile (US$ 6 milhões), Porto Rico (US$ 3,3 milhões), Equador (US$ 2 milhões) e (Uruguai US$ 100 mil).
Agronegócio latino-americano
Conforme os dados apresentados pelo documento, o agro representa mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na maioria dos países da América Latina. No Brasil, a marca se aproxima de 25%, de acordo com os dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Segundo a CNA, o PIB brasileiro do setor fechou em US$ 500 bilhões em 2022. A cifra representa um crescimento de 258%, em comparação a 2002. Além disso, o montante equivale a toda a riqueza gerada pela economia da Argentina em 2022.
Estima-se que 27% de toda a força de trabalho brasileira esteja empregada no agronegócio. A produção agrícola do Brasil alimenta por volta de 10% da população mundial, segundo as estimativas da Embrapa.