Na semana passada, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que a Câmara dos Deputados deve colocar em pauta a proposta para que usinas possam vender etanol diretamente aos postos de combustível — atualmente, o produto tem de passar pelas distribuidoras primeiro.
Leia também: “Raízen pretende construir três usinas de etanol feito com bagaço e palha de cana”
“Desde que cheguei [à presidência] estou brigando”, afirmou Bolsonaro a apoiadores em frente ao palácio do Planalto. “Falei com o Arthur Lira [presidente da Câmara], ele deve botar [o projeto] em pauta”.
Alexandre Lima, que preside a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, também acredita que o político deve pautar a proposta em Brasília. Assim como Lira e Bolsonaro, o executivo defende que, uma vez aprovada, a medida deve deixar o setor mais competitivo e vai melhorar o preço do produto.
“Tivemos a informação da ligação de Bolsonaro. Acredito que a proposta será pautada, pois o Lira sempre nos apoiou”, disse Lima ao jornal Valor Econômico. “Haverá concorrência com as distribuidoras [caso a venda direta seja aprovada], que continuarão vendendo também. A medida não as exclui do processo. Com a venda direta, não haverá o passeio do etanol para as bases das distribuidoras e, consequentemente, haverá um melhor preço”.
Cálculos feitos pela Universidade de São Paulo em 2019 corroboram a visão de Lima. Segundo a instituição, em território paulista, a venda direta das usinas para os postos de combustível traria uma economia de 30% em logística.
O pessoal está tão habituado a trairagens que estão até confundindo o verbo trair com o verbo trazer: No estado de São Paulo, medida TRAIRIA uma economia de até 30% em logística. É isso…