Com a mudança na regra do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de junho, cresceu o número de cidades brasileiras com preço do etanol mais caro no posto do que o do litro da gasolina.
Na pesquisa semanal mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), essa era a realidade em 28 cidades do país entre 439 localidades que tiveram o preço dos combustíveis levantado entre os períodos de 21 e 27 de agosto.
Na pesquisa da semana de 19 de junho, a gasolina era mais cara em todas as 445 localidades pesquisadas. De julho para cá, no entanto, esse cenário tem mudado.
No último levantamento de junho, a gasolina comum tinha um preço médio de revenda no país de R$ 7,39, e o do etanol era de R$ 4,87.
Já na semana passada, a gasolina custava, em média, R$ 5,25, e o etanol R$ 3,84. Nessa comparação, o combustível derivado do petróleo caiu quase 30% e o álcool 20%.
O movimento de queda de preços, porém, não é homogêneo em todo o país.
Em 28 cidades, o etanol está mais caro que a gasolina. A maioria está localizada no Rio Grande do Sul, seguida por Santa Catarina, Rondônia, Ceará, Pernambuco e Pará.
Na cidade gaúcha de Caxias do Sul, a gasolina foi de R$ 7,12 na semana encerrada em junho para R$ 5,29 na semana passada, recuo de 25%. No mesmo período, o preço médio do litro de etanol caiu 18%, de R$ 6,76 para R$ 5,55.
A maior diferença de preço também está no Rio Grande do Sul, com o álcool R$ 0,72 mais caro (R$ 5,99, ante R$ 5,27 da gasolina) no município de Ijuí.