Esta semana, a Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciou a inclusão da palavra “dorama” no dicionário da língua portuguesa.
Por ser uma palavra de uso corrente, a ABL decidiu fazer o reconhecimento. A palavra representa uma “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia”, conforme a ABL publicou em seu Instagram.
A ABL acrescentou que a palavra pode ser usada para produções “de gêneros e temas diversos, em geral com elenco local e no idioma do país de origem”.
Academia Brasileira de Letras narra histórico de “dorama”, mas é “cancelada”
O histórico da palavra, originária da língua japonesa, também foi definido pela Academia Brasileira de Letras. “Os doramas foram criados no Japão na década de 1950 e se expandiram para outros países asiáticos, adquirindo características e marcas culturais próprias de cada território”, disse.
A ABL também se preocupou em explicar que denominações específicas são usadas para cada país de origem, com estrangeirismos da língua inglesa: “J-drama” para os doramas japoneses, “C-drama” para os chineses e “K-drama” para os sul-coreanos.
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Os brasileiros que consomem esse tipo de série já viram doramas como Pousando no Amor (2019), da Coreia do Sul, Jardim de Meteoros (2018), da China, e Fishbowl Wives (2022), do Japão; todas disponíveis na Netflix.
Muitos “dorameiros”, como são chamados os fãs dessas séries, comemoraram a decisão da ABL. Outros “cancelaram” a instituição, dizendo que a palavra não deveria ser usada para os dramas de todos os países do leste e sudeste da Ásia, mas apenas para os japoneses.
“Quem foi o estagiário?”, perguntou uma internauta na publicação da ABL. “Não deve nem ter consultado os representantes das culturas oficiais dentro do nosso próprio país para ter citado essa merd*. Parabéns, nota 0.”
Outros “dorameiros” defenderam a ABL. “Eu sempre bati na tecla de que a língua é viva e com o passar do tempo as palavras podem assumir novos significados e sentidos pra uma comunidade, país ou região”, comentou uma usuária que aplaudiu a decisão. “Quantas palavras no português originadas de outros países usamos em nosso idioma? Inúmeras.”