A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido dos réus Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza e manteve o júri popular do processo da morte do cinegrafista da Band TV, Santiago Andrade, para essa terça-feira, 12, às 13h.
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Santiago morreu depois de ser atingido por um rojão na cabeça durante manifestações em 2013, na capital fluminense. Ele trabalhava na cobertura dos protestos para a emissora, quando sofreu o acidente. Fábio e Caio são acusados de cometer o crime. Eles respondem por homicídio qualificado, com emprego de explosivo.
A pena prevista para o crime é de 12 a 30 anos de prisão. Mesmo depois de quase dez anos, os acusados ficaram presos apenas um ano e um mês. Atualmente, eles cumprem prisão domiciliar e usam tornozeleira eletrônica.
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Em entrevista à Band, a filha da vítima, Vanessa Andrade, disse que, enquanto os réus estão soltos, a família dela segue presa em um crime que ainda não foi julgado.
O julgamento estava marcado para acontecer em 2019, mas a defesa de Caio entrou com um pedido de habeas corpus, que suspendeu a sessão.
Defesa pede adiamento do julgamento do caso que envolve o ex-cinegrafista da Band
Depois da marcação do júri para dezembro deste ano, os advogados dos réus pediram novamente o adiamento do julgamento. Ambos são acusados de homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar. Para a defesa, a acusação deveria ser de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
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O juiz não acatou o pedido dos advogados e manteve o júri. Caso tivesse aceitado a troca da tipificação, o crime passaria a ser julgado por um juiz, e não por um júri formado por cidadãos. Além disso, a pena para homicídio culposo é inferior, de no máximo 3 anos — sem contar os agravantes.
2013! vão a júri popular em 2023! dez anos depois! essa é a “justiça” brasileira. Xinga um dos iluministros do STF para vc ver se não é punido em menos de 24 horas. A justiça no Brasil só funciona a favor dos poderosos. Se tirassem todos os penduricalhos dos juizes dava para contratar milhares de outros mais, diminuindo a morosidade. Vão fazer isso? É claro que não! A população que se f***!