Depois de um acordo entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e a prefeita do município de Praia Grande, Rachel Chini (PSDB), 170 afegãos refugiados puderam desembarcar, na noite da sexta-feira 30, em um abrigo no litoral de São Paulo. A informação foi noticiada pelo portal G1, neste sábado, 1°.
Os refugiados passaram mais de cinco horas em um ônibus e, até mesmo, ficaram parados na Via Anchieta, enquanto aguardavam uma autorização para o abrigo. O local havia sido lacrado por fiscais municipais por falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.
O abrigo foi liberado apenas depois de uma reunião entre Dino e Rachel. A prefeita pediu que, durante a permanência dos afegãos na cidade, policiais federais ou estaduais fossem mantidos na porta do local para controlar o acesso.
Rachel ainda solicitou que fosse montado um ambulatório com, no mínimo, dois médicos e equipes para atendimentos e eventuais tratamentos. Além disso, a prefeitura exigiu roupas de cama e banho para trocas diárias a fim de enfrentar a sarna e a definição de um prazo de estadia.
“Acolhemos a todos com carinho e alegria e nos solidarizamos com as causas humanitárias e o atual momento do povo afegão”, informou a prefeitura. Rachel, porém, disse ter deixado claro a Dino que a responsabilidade por todo o tempo que os afegãos ficarem na cidade é do governo federal.
Os refugiados afegãos estão na Colônia de Férias o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas, no bairro Solemar.
Oeste acompanha a situação do grupo desde o ano passado, quando começaram a entrar no Brasil depois que as tropas americanas teriam encerrado os 20 anos de intervenção militar no Afeganistão e o grupo terrorista Talibã voltou ao poder.
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