O Brasil não ficará muito tempo livre dos ciclones extratropicais. Há o alerta para o retorno do fenômeno climático, que pode se formar sobre partes do país, sobretudo no Rio Grande do Sul, em mais duas oportunidades ao decorrer deste mês.
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Reportagem do site GZH revela, contudo, que os prováveis novos ciclones não terão muitos impactos. Diferentemente do que ocorreu nesta semana. Em decorrência da condição climática adversa, ao menos três mortes ocorreram no país, além de incontáveis danos nas partes de infraestrutura e do agronegócio.
“Às vezes, nós não sentimos o reflexo do ciclone que está no oceano, só a frente fria”
Meteorologista da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Vanessa Gehm afirma que tal condição é, de certa forma, aguardada para a região nesta época do ano. “No inverno, espera-se que as frentes frias sejam mais frequentes no Estado, e, normalmente, elas estão associadas ao sistema de baixa pressão, que é o que forma o ciclone”, disse, conforme o GZH. “Às vezes, nós não sentimos o reflexo do ciclone que está no oceano, só a frente fria.”
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Para o meteorologista Vinícius Lucyrio, da Climatempo, o alerta para a possibilidade de formação de dois novos ciclones sobre a Região Sul brasileira já conta com datas. Ele informa que, em virtude de uma baixa pressão atmosférica, o risco, por ora, tem os dias 19 e 26 de julho como base.
“Mas essas áreas de baixa pressão vão estar no oceano e bem afastadas da costa, então não vamos sentir nada”, afirmou Lucyrio. “Esses episódios não devem causar nenhum impacto na costa gaúcha e catarinense”, complementou, dessa forma, o especialista.
Alerta: mas o que pode causar mais dois ciclones no Brasil?
Ainda de acordo com o meteorologista da Climatempo, o alerta para dois possíveis novos ciclones no Sul do Brasil ainda no decorrer de julho se deve ao El Niño. Tal condição é reconhecida por provocar a elevação das temperaturas.
“Estamos em uma situação de El Niño e esse fenômeno pode aumentar o gradiente térmico da temperatura do mar entre as áreas tropicais”, destacou Lucyrio, de acordo com informações do GZH. “Essa questão também favorece a formação de ciclones extratropicais.”
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