Ambulantes vendem abaixo do esperado para apoiadores de Lula no 7 de Setembro

De acordo com apuração do jornal O Tempo, em Brasília (DF), vendedores ambulantes que apostaram na venda de materiais que promovem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não voltaram satisfeitos deste 7 de Setembro. Em sua maioria, eles disseram à reportagem que a procura ficou abaixo do esperado.

Ficou no vermelho

Foi o caso de Taís Neres, que viajou cerca de 50 quilômetros para “vender água e chaveirinho com o rosto do Lula e o desenho de Brasília” na Esplanada dos Ministérios, onde acontece o desfile. Com um familiar, ela saiu de Águas de Lindoia (GO) para aproveitar a oportunidade.

“Acho que vendemos uns vinte, só”, calcula Taís, dos mil chaveiros que levaram. Cada um custava R$ 10. Vendendo-se apenas 2% deles, foi prejuízo na certa.

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Ainda segundo a vendedora, “a procura maior foi pelo do [Jair] Bolsonaro”, mas eles não anteciparam a demanda por souvenirs do ex-presidente. “A gente infelizmente não fez; só fizemos do Lula.”

Deu pro gasto

Outro camelô, Gabriel Henrique, de Novo Gama (GO), a 40 km do centro do Distrito Federal, disse à reportagem que “não foi o que esperava, mas deu para tirar o dia”. Ele vendeu camisetas e bonés com a estampa de Lula, a R$ 35 cada, e bandeiras do Brasil, por R$ 90.

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Das vinte camisetas que esperava vender, Gabriel acredita ter vendido por volta de uma dúzia. O movimento, segundo ele, só foi bom “no final, depois que acabou, porque eu não estava vendendo nada”.

“Uma galera” que rejeita Lula mas compareceu só pela celebração do 7 de Setembro “ficou indignada” quando Gabriel ofereceu itens do atual presidente. Ele também não foi munido de produtos para apoiadores de Bolsonaro.

Não pode reclamar

Luís Carlos, para quem o resultado “não foi o esperado, mas foi razoável”, afirmou ter lucrado neste Dia da Independência: “não posso reclamar.” Ele é morador de Ceilândia (a 30 km da capital federal) e vendeu bandeiras nacionais e camisetas com o rosto de Lula.

Segundo Luís, uma transeunte “perguntou se a bandeira era do Bolsonaro, mas eu respondi que o verde e amarelo é do Brasil e que a bandeira não é partidária”. Então a apoiadora do ex-presidente “não quis e foi embora”.

Acompanhe a cobertura completa do 7 de Setembro pela Revista Oeste.