A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu na quarta-feira 16 a venda de 12 planos de saúde por causa de reclamações de consumidores.
A medida faz parte de um monitoramento feito pela agência reguladora e atinge seis operadoras, incluindo duas unidades da Unimed (Manaus e Vertente do Caparaó), Oral Class, Santo André Planos de Assistência, Saúde Sim e Saúde Brasil. Juntos, os planos têm cerca de 83 mil beneficiários.
A proibição temporária começa a valer na próxima terça-feira, 22, e a comercialização a novos clientes só pode voltar se as operadoras apresentarem melhora na cobertura assistencial, segundo o órgão.
Ao todo, a ANS analisou mais de 33 mil reclamações relacionadas a planos de saúde entre outubro e dezembro do ano passado.
Fusões na área da saúde movimentam R$ 20 bilhões
O setor de saúde no Brasil está passando por uma transformação. Nos últimos dois anos, a área lidera o ranking de fusões e aquisições e reúne as maiores operações de compra de empresas no país.
Apenas do início de 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões, segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo de segunda-feira 14.
Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a Notre Dame Intermédica — um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de mais de R$ 80 bilhões — e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or um acordo de mais de R$ 10 bilhões.
O surgimento de grupos gigantes, que leva a uma maior concentração de mercado, é acompanhado de perto pelos participantes do setor, que avaliam os efeitos desse avanço das empresas em seus próprios negócios.
Seria interessante se fizessem uma matéria sobre como os planos de saúde tratam os profissionais de saúde credenciados a eles.