A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta os brasileiros a não trocar a marca de medicamentos genéricos durante tratamentos.
De acordo com a agência, “os medicamentos genéricos não podem ser considerados intercambiáveis com os similares, nem os genéricos podem ser intercambiáveis entre si”.
“Intercambialidade” é o nome que se dá à substituição do medicamento de referência pelo genérico. Só um teste de equivalência terapêutica poderá dizer se os remédios podem ser substituídos
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Ainda que os remédios tenham o mesmo princípio ativo, os fornecedores de matérias-primas são diferentes. Isso pode afetar a absorção dos medicamentos pelos pacientes, bem como seu metabolismo e sua eliminação.
Anvisa testando as marcas de genéricos
A farmacêutica que quiser fabricar um genérico terá de demonstrar à Anvisa, por meio de estudos científicos, que seu produto é intercambiável com o da empresa detentora da patente do primeiro remédio desenvolvido para determinada doença, o chamado medicamento de referência.
A losartana, por exemplo, um dos remédios mais prescritos para pessoas com hipertensão, é produzida por 22 laboratórios no país — a maioria em versões genérica e similar, que não devem ser trocadas entre si durante um tratamento.
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A agência ressalta que, como há diversos genéricos e similares no mercado, é inviável fazer testes de intercambialidade de um com o outro, pois seriam centenas de possibilidades.
Os fabricantes de genéricos e similares têm variações na tecnologia usada na produção e nos excipientes (substâncias sem efeito farmacológico, mas necessárias para a fabricação, para a estabilidade e para a administração do medicamento).
70% dos remédios consumidos são genéricos
O Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, divulgado no começo do mês, mostra que 70% de todos os remédios consumidos no Brasil são genéricos (41%) ou similares (29%), segundo a Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED ).
Normalmente, o preço mais baixo é a razão pela qual os brasileiros optam por genéricos e similares.
Esta resolução da Anvisa é ugual a dizer que o Alcool Gel é igual a Cachaça Gel.
Com que confiança a popuação vai comprar um genérico se a própria ANVISA não é capaz de comprovar que o genérico (Aprovado por eles) não serve para a população ?
Assassinatos em série…
Lavando as mãos com sabonete genérico.
Verdadeiro absurdo porque, se permitem a fabricação e a comercialização de produtos genéricos ou similares, isto deveria significar que existe segurança absoluta para o paciente que frequentemente, na farmacia, não encontra o mesmo genérico ou similar que adquiriu em sua ultima compra.
A conclusão é que essa ANVISA, até lembrando de outros episódios recentes de triste lembrança, não merece grande credibilidade.
Infelizmente não é apenas a insegurança juridica que vem graçando em nosso país.