Uma arma do acervo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi encontrada com José Heliomar de Souza, associado ao Comando Vermelho. O objeto foi localizado pela polícia em 23 de janeiro.
Segundo o site Metrópoles, Heliomar é considerado líder de uma organização criminosa que inclui policiais, dedicada ao tráfico interestadual de drogas. A pistola estava sob responsabilidade de Nilson Tadeu Isola Lago Junior, ex-técnico do Ibama, que não a devolveu depois de sua demissão, em setembro de 2024. Ele é investigado por repassar a arma ao traficante.
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Em 23 de janeiro, durante uma operação na casa de Nilson Lago, em Porto Velho, a Polícia Federal (PF) apreendeu munições de uso restrito e materiais do Ibama, como uniforme e colete balístico. Foram confiscadas 68 munições de calibre 9 mm, 16 de calibre 12 e cinco de calibre .22.
Nilson foi preso por posse ilegal de munições, mas liberado depois de pagar fiança de R$ 15 mil. Em depoimento, confessou ser usuário de drogas e afirmou que as munições pertenciam ao Ibama.
O Ibama notificou Nilson administrativamente duas vezes para a devolução dos equipamentos. Diante da recusa, o órgão denunciou o caso à Polícia Federal e recorreu à Justiça para recuperar a arma.
PF encontra registro da arma do Ibama na casa do ex-servidor
Nilson Lago deu versões conflitantes sobre a pistola encontrada com Heliomar. Ele afirmou que havia devolvido a arma ao Ibama. No entanto, a PF encontrou em sua casa o estojo, dois carregadores e o registro da arma.
A pistola foi descoberta durante a Operação Puritas, iniciada em novembro de 2024, que visava a desmantelar a organização criminosa liderada por Heliomar. A operação resultou na apreensão de outras armas e na prisão de policiais envolvidos.
Nilson também é investigado pelo sumiço de uma lancha e armas apreendidas de garimpeiros em dezembro de 2023, quando era chefe de fiscalização do Ibama em Rondônia.
José Heliomar, segundo a Polícia Federal, era responsável por cooptar policiais militares e rodoviários federais para traficar cocaína para várias regiões do Brasil. Entre os destinos estava o Comando Vermelho, em Fortaleza (CE).
A operação em novembro resultou na prisão de 15 pessoas, o que inclui policiais, sob acusação de participar da organização criminosa.
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