O aluno que matou a tiros uma adolescente dentro da Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo, na manhã da última segunda-feira, 23, já fez publicações de cunho racista e nazista nas redes sociais.
Em um post no Twitter/X, ele xinga uma mulher que aparentemente criticava seus amigos. “Essa put* preta macaca”, escreveu o atirador.
O jovem chegou a postar uma foto com o símbolo da suástica no rosto e, segundo a apuração policial, ele se automutilou na coxa com a mesma marca. O objetivo seria ganhar pontos em um grupo que integrava na internet.
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Na investigação sobre o ataque à escola, a mãe do jovem disse que ele tinha muitos seguidores nas redes sociais, fazia muitos vídeos e chegou a negociar a gravação oficial de uma música.
Durante o inquérito, foi apresentada a imagem da perna do jovem com a suástica. Sua mãe disse não ter conhecimento das marcas.
O jovem foi indagado sobre o símbolo e respondeu, segundo a polícia, que se automutilou com uma lâmina de barbear, mas negou que tenha sido orientado por alguém a fazê-lo.
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Antes da divulgação do inquérito, o advogado do atirador havia dito que o adolescente teria sofrido bullying, e as agressões teriam aumentado a partir do momento em que ele passou a usar roupas femininas.
Segundo informações, o adolescente frequentava o bairro da Liberdade, no centro da capital paulista, e tentava angariar seguidores nas redes sociais. No TikTok, usuários comentaram sobre o ataque e ficaram surpresos ao saber que ele era o autor.
Assassino pegou a arma escondido do pai
Na última segunda-feira, 23, Oeste noticiou que, de acordo com o advogado, o jovem não aguentava mais as supostas agressões homofóbicas e resolveu pegar escondido do pai uma arma de fogo e levá-la para o colégio.
A mãe do aluno declarou que o filho passou a receber ameaças on-line de grupos rivais. Ela também afirmou que ele havia sido agredido no bairro Liberdade por um desses grupos.