A antropóloga Debora Diniz, que é professora da Universidade de Brasília (UnB) e militante pró-legalização do aborto, resolveu processar a influenciadora digital Giovanna Panichi, que se apresenta nas redes sociais como católica. A ação corre no Poder Judiciário do Distrito Federal.
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Debora acionou a Justiça por causa de vídeo divulgado por Giovanna em 13 de setembro. No material, a influenciadora digital, que conta com 44 mil seguidores no Instagram, busca refutar declarações da antropóloga. Influencer e estudante de economia na Universidade Sorbonne (França), ela questionou quem seriam os financiadores da professora da UnB.
Na ação em que foi representada por sete advogados, Debora alegou ter sido vítima de fake news. Ao afirmar que sofreu danos morais com o vídeo protagonizado pela influenciadora digital católica, a militante em favor da legalização do aborto pediu indenização de R$ 50 mil. Além disso, a antropóloga entrou com medida cautelar solicitando a remoção do material das redes sociais.
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A remoção do vídeo gravado por Giovanna foi, contudo, negada pelo juiz Carlos Eduardo Batista dos Santos, da 2ª Vara Cível de Brasília. O magistrado indeferiu (rejeitou) o pedido de liminar impetrado pela equipe de advogados de Debora Diniz.
“Reconheço que as palavras dirigidas pela requerida [Giovanna Panichi] são duras, agressivas, desrespeitosas até”, afirma Batista dos Santos, em trecho de sua decisão. “Mas, dadas as molduras constitucionais desfraldadas no início desta fundamentação, suas considerações não imputam à requerente [Debora Diniz] a prática de crime, pela pauta que defende.”
“O que diviso, isso sim, é o embate de duas visões e propostas absolutamente opostas”, diz o juiz, ao refutar a tese de que a influencer católica teria imputado prática criminosa por parte da professora da UnB. Dessa forma, o conteúdo exposto por Giovanna segue ativo no ambiente on-line. A decisão do magistrado foi tomada em 30 de outubro.
O que diz a influenciadora digital católica processada pelo militante pró-aborto Debora Diniz
No processo aberto por Debora Diniz, Giovanna Panichi se manifestou. Para a influenciadora digital, o vídeo deveria seguir no ar — como seguiu. Nesse sentido, a defesa dela alegou que não citou “em nenhum momento” que existisse “agenda oculta” por parte no discurso em favor da legalização do aborto por parte da professora universitária.
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“Pelo contrário, a interpretação que pode ser obtida demonstra que a suposta agenda citada é clara, sendo essa descriminalização e legalização do aborto no Brasil”, afirma a defesa de Giovanna. Na ação, o representante da influenciadora digital afirmou, ainda, que “os financiadores de Débora estão devidamente demonstrados em seu currículo na plataforma Lattes“.
A lista registrada pela defesa da influencer conta com 15 entidades:
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
- Open Society Foundations;
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
- Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
- Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres;
- Escola Superior do Ministério Público da União;
- Safe Abortion Action Fund;
- Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde;
- Programas das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil;
- Ministério da Saúde;
- Ministério da Justiça;
- Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura;
- Fundação Ford;
- Fundo Nacional de Saúde; e
- Universidade de Brasília.
“Ademais, cabe destacar que é fato público que o Instituto de Bioética,
Direitos Humanos e Gênero (Anis), instituto fundado por Débora, recebe vultosos recursos
financeiros de grandes fundações internacionais que se declaram como parceiras e
apoiadoras”, afirma a defesa de Giovanna em agravo à ação judicial. “Para promover estudos e políticas sociais no Brasil, com finalidades definidas, como, por exemplo, viabilizar a descriminalização e legalização do aborto no Brasil.”
A defesa de Giovanna afirma, por fim, que o Anis é o responsável pelo pagamento das custas processuais. Isso demonstraria, segundo a equipe da influenciadora digital católica, de “forma cristalina que Débora tem despesas pessoais adimplidas pelo instituto que recebe vultuosos recursos financeiros de grandes fundações.”
Em versão anterior de seu site, o Anis divulgava que entidades como a Fundação Ford e a Fundação MacArthur apareciam na lista de parceiros. Na atual versão, a página do instituto na internet deixou de externar publicamente quais entidades e empresas são suas parceiras.
Ainda não há data definida para o julgamento do processo de Débora Diniz contra Giovanna Panichi.
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Definitivamente a imbecilidade tomou conta Brasil, infelizmente…..
Concordo plenamente com as censuras dirigidas à essa turma abortista. É óbvio que não envolve uma posição pessoal, mas é um movimento orquestrado (e patrocinado, claro) para se tentar ruir os princípios da fé cristã. Eles podem defender barbaridades contra o ser humano, como considerar o feto em gestação mero objeto, mas não admitem críticas de ninguém.
A anorexia deve ter causado problema mental.
Promover o assassinato de crianças inocentes dá dinheiro… e a promotora dos assassinatos ainda fica ofendida com críticas aos seus atos nefastos. Essa Débora Diniz é morta por dentro.
o pessoal da esquerda e o stf não gostam de debater. Se alguém for contra, processa. Para eles o processo é mais prático do que debater e ouvir a parte contrária.