O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), vai abrir uma licitação neste mês para a instalação de 20 mil câmeras de monitoramento ao redor da capital paulista, em até um ano e meio. A um custo anual de R$ 70 milhões, o “big brother” inclui reconhecimento facial, leitura automática de placas de veículos e detecção de movimentos. Os aparelhos são compostos de inteligência artificial.
No caso do reconhecimento facial, está previsto que as imagens de rostos possam ser arquivadas, com data, horário e endereço, inclusive com a detecção de faces parcialmente cobertas (como por óculos e barba). Outra funcionalidade é o rastreamento de pessoas consideradas suspeitas, com o monitoramento de movimentos e atividades, a partir de “diferentes tipos de características como cor, face e outras características”, segundo o edital.
Estuda-se colocar as câmeras em pontos de maior número de ocorrências e movimentação, com ao menos 50 unidades para cada um dos 96 distritos e 200 para cada uma das 32 subprefeituras. A ideia é que o sistema também seja alimentado com imagens captadas por drones e câmeras corporais e veicular.
A iniciativa foi batizada de Smart Sampa, cujo edital de fornecimento e manutenção de equipamentos e infraestrutura está em consulta pública. O projeto é vinculado à Secretaria Municipal de Segurança Urbana, com duração prevista de cinco anos, prorrogável por outros cinco, se as partes concordarem.
Nos Estados Unidos, o programa é uma realidade em cidades como Chicago e Dallas. Já Portland e São Francisco baniram a tecnologia nos últimos anos.
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Fosse eu um paulistano, toda vez que passasse por uma dessas câmeras, colocaria uma máscara do Xijinping ou do Dória… é sério.