O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na sexta-feira 28, o edital “Viva Pequena África”, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, no Rio de Janeiro.
A Pequena África é a região compreendida pela zona portuária do Rio de Janeiro, Gamboa, Saúde onde se encontra a Comunidade Remanescentes de Quilombos da Pedra do Sal, Santo Cristo, e outros locais habitados por escravizados alforriados e que de 1850 até 1920 foram conhecidos por Pequena África.
O edital vai escolher por meio de seleção pública uma instituição sem fins lucrativos para gerir um orçamento de R$ 20 milhões na região conhecida como Pequena África — local reconhecido por preservar heranças culturais africanas.
O resultado, com a instituição vencedora, será divulgado em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
O gestor do fundo ficará responsável também por apoiar projetos culturais, promover reformas e capacitar pessoas que desempenhem atividades relacionadas à valorização da identidade cultural afro-brasileira. Levantamentos e estudos sobre os acervos e necessidades do território da Pequena África também fazem parte do escopo de tarefas do vencedor.
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Durante o evento de lançamento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o governo federal está comprometido com o desenvolvimento da região, por entender a relevância dela para o país.
“Nós temos aqui hoje a música, a culinária, a religiosidade, os ritos. Diversas formas de expressão dessa cultura que nós queremos preservar e valorizar”, declarou Mercadante.
Edital ‘Pequena África’ faz parte da Iniciativa Valongo
O edital Viva Pequena África está inserido na Iniciativa Valongo. Em sua primeira fase, além da escolha do gestor do fundo de R$ 20 milhões, estão previstas a elaboração do conceito do futuro Museu Nacional da Herança Africana e a estruturação de projetos para o Distrito Cultural da Pequena África.
Uma segunda fase está prevista para o segundo semestre de 2024, quando vão começar as obras para restaurar o prédio Docas Dom Pedro II, erguido no período imperial pelo engenheiro negro André Rebouças.
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Tudo fake…