Equipamento totalmente desenvolvido em Santa Rita do Sapucaí (MG) não dependerá de torres de celular para funcionar
A população carcerária no Brasil hoje é de quase 350 mil presos em regime fechado. Para reduzir o número de presidiários que lotam as cadeias do país, o governo tem estimulado medidas de monitoramento como o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Mas, afinal, como funciona uma tornozeleira eletrônica? Quanto ela custa para os cofres públicos?
“Se, em vez de alugar, o governo comprasse as tornozeleiras, gastaria 60% menos com elas do que atualmente”, conta Roberto de Souza, diretor da Alarmes Santa Rita. “Uma custa R$ 865, mais R$ 10 por mês do pacote de dados necessário para que se saiba onde o preso está enquanto a utiliza.”
Só que o governo costuma alugar o equipamento por até R$ 140 por mês, mesmo em casos em que o preso ficará bem mais tempo que os seis meses em que a relação custo/benefício do aluguel seria compensatória.
Para monitorar o condenado, o equipamento atual funciona como um celular 2G: um firmware envia dados para uma torre de celular, que os repassa para um data center ligado ao sistema penitenciário.
“Não precisa tirá-la para nada, nem para tomar banho, porque é à prova d’água, até 2 metros de profundidade”, explica o diretor da Alarmes Santa Rita.
A empresa, que já trabalhava com monitoramento de carros e cargas, entrou no ramo das tornozeleiras ao perceber que teria apenas que fazer adaptações para chegar ao produto. Contudo, não vende diretamente à União, Estados e municípios, apenas a outras empresas, que participam das licitações.
“Também homologamos nossos produtos na América do Sul e na América Central, para podermos exportar”, destaca Souza.
Inovação para mais segurança
Durante todo o período da pandemia de coronavírus, a equipe trabalhou para desenvolver a última geração de tornozeleiras eletrônicas, com lançamento no mercado previsto para novembro deste ano.
“Vamos ter a primeira tornozeleira on-line via satélite do mundo”, afirma Roberto Souza. “Não vamos precisar mais das torres de celular.”
Atualmente, se um preso fugir para um local como a floresta amazônica ou uma ilha no meio do Oceano Pacífico, por exemplo, pode ter a sorte de não ser localizado, devido à falta de torres de celular que façam o rastreamento do sistema de monitoramento.
Com a tornozeleira nova, isso é impossível. “O satélite encontra a tornozeleira em qualquer ponto do planeta em questão de segundos”, acrescenta o diretor.
Tem que usar um chapéu junto pra se comunicar com o satélite? hahahaha, matéria mal feita e tendenciosa heim! qualquer equipamento de rastreamento recebe posicionamento via satélite! ou ele vem junto com uma mochila para o tamanho de uma antena? e a matéria induz ao erro visto que outros equipamentos também tem a mesma capacidade no mercado!