Caso Marielle: suplente de Chiquinho Brazão na Câmara é sobrinho de bicheiro

O primeiro suplente do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), preso neste domingo, 24, sob suspeita de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, é Ricardo Abrão, de 52 anos, sobrinho do bicheiro Anísio Abraão David, presidente de honra e patrono da escola de samba Beija-flor de Nilópolis, na baixada fluminense.

Assim como o tio contraventor – uma figura influente da cúpula do jogo do bicho do Rio de Janeiro -, Ricardo também é popular na quadra da Beija-flor, onde já foi presidente, de 2017 a 2021.

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Atualmente, o primeiro suplente do União Brasil ocupa o cargo de secretário especial de ação comunitária do Rio de Janeiro, nomeado em 31 de janeiro pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). Essa secretaria era anteriormente comandada por Chiquinho Brazão.

Ricardo também teve passagem pela Alerj, onde exerceu dois mandatos como deputado estadual, de 2003 a 2011.

Quanto a Brasília, esta não será a primeira vez que o sobrinho do bicheiro assumirá uma cadeira como suplente. Durante o período em que a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) foi ministra do Turismo do governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, de janeiro a julho de 2023, Ricardo ocupou sua vaga.

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Entretanto, a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão ainda deverá passar por votação na Câmara dos Deputados.

Segundo explicou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o trâmite faz parte do rito da “Caixa Baixa”. A sessão plenária que vai analisar o caso deverá ser marcada nos próximos dias.

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Relembre a operação

Na manhã deste domingo, 24, a Polícia Federal (PF) prendeu três suspeitos de mandar matar a vereadora carioca Marielle Franco, do Psol, e o motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018.

A operação, batizada de “Murder Inc.”, também realizou busca e apreensão na casa de outros 12 alvos.

Além do deputado, foram presos o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O delegado também é acusado de obstruir a investigação.