As intensas chuvas no Rio Grande do Sul resultaram na interrupção do fornecimento de energia elétrica para 300 mil consumidores, por causa dos impactos do temporal na rede elétrica e nas usinas hidrelétricas locais. As informações foram divulgadas pelas concessionárias nesta quinta-feira, 2.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reportou que os índices pluviométricos ultrapassaram os 400 milímetros, acompanhados por ventos de até 152 km por hora nos últimos três dias em cidades do Estado.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
O Ministério de Minas e Energia comunicou que a falta de energia afetou 268 mil unidades na área de concessão da CPFL Energia RGE, incluindo residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Na última semana, o Rio Grande do Sul entrou em estado de calamidade por conta das fortes chuvas. Tem cidades, como a de Lajeado, que estão totalmente em baixo d'água. pic.twitter.com/2Icxq1hOtr
— ⁷ 𝕭𝖚𝖇𝖚 🇪🇪 (@bubugfbpa) May 3, 2024
Leia também: “Leite diz que Rio Grande do Sul vive ‘pior evento’ da história”
Nas localidades atendidas pela CEEE Equatorial, cerca de 33 mil unidades consumidoras enfrentaram problemas de abastecimento. A empresa informou que as equipes de manutenção estão empenhadas em realizar os reparos necessários na rede elétrica para restabelecer o serviço.
Ministro cria sala de situação para monitorar chuvas no Rio Grande do Sul
Diante da situação, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação para monitorar e adotar medidas necessárias.
Paralelamente, o Operador Nacional do Sistema (ONS) tem se dedicado ao controle do volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, com foco nas usinas Dona Francisca, Passo Real, dos Bugres e 14 de Julho, sendo esta última afetada por danos em parte de sua estrutura.
Leia mais: “O que é a microexplosão atmosférica, fenômeno esperado no Sul do país?”
As precipitações no Rio Grande do Sul persistem desde o domingo 28. Isso levou o governador do Estado, Eduardo Leite, a decretar estado de calamidade pública na quarta-feira 1º. Ele destacou a possibilidade de este ser considerado o “maior desastre da história” da região em termos de prejuízos materiais.