Depois de o ciclone extratropical atingir o Rio Grande do Sul, causar estragos e deixar ao menos 31 mortos, especialistas afastaram a possibilidade do fenômeno chegar à região Sudeste nos próximos dias.
De acordo com meteorologistas da Climatempo, o ciclone extratropical, que se formou sobre o mar entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai na segunda-feira 4, se distanciou do Brasil na terça-feira 5.
“O deslocamento (do ciclone) para o alto-mar ocorreu ainda na altura da costa gaúcha e este sistema já não tem nenhuma influência no Sul do Brasil e nem no Sudeste”, afirmou a empresa de meteorologista, segundo o site Um Só Planeta.
Apesar de escapar do ciclone, áreas do Sudeste irão sofrer com condições climáticas adversas. Isso porque, segundo a previsão do tempo, a frente fria que se formou na terça-feira no Sul do Brasil avançou para o Sudeste. Assim, as temperaturas devem cair em São Paulo, no Rio de Janeiro, em parte de Minas Gerais e no Espírito Santo a partir desta quarta-feira 6.
Ciclone causou estragos e deixou vítimas no Rio Grande do Sul
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, provocadas por um ciclone extratropical, causaram desastres.
O saldo de mortos, até esta quarta-feira 6, chegou a 31, e o número de pessoas obrigadas a deixarem suas casas passa de 4,3 mil.
Inundações afetaram mais gravemente o norte do Rio Grande do Sul, onde famílias ficaram isoladas e, em casos extremos, tiveram de subir nos telhados para fugir das águas violentas e esperar o resgate chegar por helicópteros.
Segundo a MetSul Meteorologia, a chuva em algumas cidades gaúchas ultrapassou em 200% a média histórica para todo o mês de setembro.
A cheia do Rio Taquari — que atravessa cidades como Estrela, Muçum, Roca Sales e Encantado — atingiu proporções históricas na terça-feira, com níveis vistos somente uma vez desde o começo das medições, no século 19.