Um ciclone extratropical já causou morte, alagamentos e bloqueios de estradas no litoral do Rio Grande do Sul. Na região leste, chuvas ininterruptas ocorrem desde a noite de quinta-feira 15. Além do litoral, a área integra a Serra Gaúcha, a Região dos Vales e a região metropolitana de Porto Alegre.
A Defesa Civil informou que um homem de 23 anos morreu na cidade São Leopoldo, em virtude de uma descarga elétrica. Há ainda dois desaparecidos: um no mesmo município e outro em Portão.
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Em São Leopoldo, por exemplo, choveu 255 milímetros nas últimas 24 horas. Esse número é ainda maior em outros municípios, como Maquiné, no litoral norte. A cidade registrou 294 milímetros de chuva, enquanto a quantidade esperada para o mês de junho inteiro é entre 140 e 180 milímetros.
A capital gaúcha registrou 20 pontos de bloqueio no trânsito, em razão de quedas de árvores. Apenas na BR-116, houve quatro pontos de bloqueio: em Caxias do Sul, Dois Irmãos, Morro Reuter e Canoas.
O estrago causado pelo ciclone no Rio Grande do Sul
O ciclone extratropical também deixou cerca de 460 mil pessoas sem luz no Rio Grande do Sul. A maioria deles (323 mil) em Porto Alegre, mais 54 mil no litoral.
Em Sapiranga, por exemplo, moradores depararam com a Unidade de Pronto-Atendimento alagada. Por isso, pacientes tiveram de ser transferidos de bote para o hospital do município.
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Santo Antônio da Patrulha também enfrentou problemas. Um lar de idosos com 70 residentes teve de ser evacuado, e eles foram levados a um ginásio. Já em Capão da Canoa, o Hospital Santa Luzia foi inundado e está fechado para novos atendimentos.
Conforme a Defesa Civil, o horário mais crítico — na questão do acúmulo de água — será às 15 horas desta sexta-feira. Espera-se que os rios Maquiné, Taquari e Caí alcancem seus níveis máximos.