Edjane da Cunha, viúva de Cleriston da Cunha, o Clezão, esteve presente na manifestação deste domingo, 26, na Avenida Paulista. Ela teve a oportunidade de discursar para dezenas de milhares de manifestantes ali presentes, que gritavam seu nome: “Jane! Jane! Jane!”
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Clezão estava preso desde o começo do ano, sob a acusação de ter participado dos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Ele morreu na última segunda-feira, 20, durante banho de sol no pátio da Papuda, em decorrência das diversas condições de saúde de que sofria, sem tratamento adequado. Acompanhe aqui a cobertura de Oeste sobre a morte de Cleriston.
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Junto com as duas filhas do casal, Edjane falou sobre a dor da família neste momento de luto, há apenas seis dias da morte do marido. Em contrapartida, disse também que seu “coração se alegra em ver essa coisa linda que são vocês”, dirigindo-se à multidão ali presente.
“Meu esposo, Clezão, ele não é criminoso, ele não é bandido”, reforçou. “Mataram o meu Clezão.”
Assista e leia na íntegra o discurso de Edjane, viúva de Cleriston da Cunha, o Clezão
DISCURSO DA ESPOSA DO PATRIOTA CLÉRISTON
— Júlia Zanatta (@apropriajulia) November 26, 2023
Jane Duarte visitou Clériston antes dele falecer na prisão, quando ele relatou que não se sentia bem.
Dias antes de passar mal durante o banho de sol e ter um infarto fulminante, Clezão teria se queixado à esposa de dores no peito.… pic.twitter.com/wi3ifTWIPM
“Hoje, eu estou aqui em luto, mas meu coração se alegra em ver essa coisa linda que são vocês. E a nossa luta não vai acabar.
Meu esposo, Clezão, ele não é criminoso, ele não é bandido, ele não merecia ter sido morto de uma forma tão injusta. Mataram meu Clezão. E eu tenho sede de justiça.
Tiraram dele ver as minhas filhas se formando. Acabaram os sonhos da nossa vida. A gente era uma família. E acabou. Tiraram a nossa família.
Hoje, nós somos incompletos. Somos só nós três. E eu quero que a justiça seja feita. Porque o meu Clezão, o sangue derramado por ele nos deu força para que a gente possa lutar. E eu quero justiça!”