Na China, familiares de vítimas do coronavírus são impedidos de falar com médicos da OMS

'Espero que os especialistas da OMS não se tornem uma ferramenta para espalhar mentiras', relata o parente de vítima chinesa da covid-19

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Da esquerda para a direita: o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu e o presidente da China, Xi Jinping | Fonte: Xinhua 
Da esquerda para a direita: o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu e o presidente da China, Xi Jinping | Fonte: Xinhua 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus [à esq.], e o presidente da China, Xi Jinping | Fonte: Xinhua
Em Wuhan, os parentes de vítimas da covid-19 estão sendo impedidos de conversar com membros da delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão no local. A equipe foi enviada para investigar a origem do Sars-CoV-2, o novo coronavírus, que a partir de lá se espalhou pelo mundo. Os trabalhos começaram ontem, quinta-feira 28, depois que os funcionários da entidade passaram pelos 14 dias de isolamento impostos pelo governo chinês.

As autoridades da China deletaram um grupo formado por parentes dos mortos que funcionava no WeChat — versão chinesa do WhatsApp. Membros de cerca de 100 famílias participavam dele. “Eles temem que os familiares das vítimas possam se encontrar com a equipe da OMS e, sem nenhum aviso, desmantelaram nosso grupo no WeChat durante a madrugada”, relata Zhang Hai. “Espero que os especialistas da OMS não se tornem uma ferramenta para espalhar mentiras.”

De acordo com a Agence France-Presse, sob a condição de anonimato, um integrante do grupo contou ter recebido instruções explícitas de agentes do governo chinês para não “falar com a mídia ou ser usado por outras pessoas”. Uma mulher relatou ter recebido o mesmo aviso, seguido de 5.000 iuanes [R$ 4,2 mil] como “pagamento de condolências”.

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