Os corpos das quatro vítimas que estavam em helicóptero desaparecido em SP foram retirados do local do acidente neste sábado, 13, na cidade de Paraibuna. As equipes de resgate fazem a retirada por terra em uma área de mata. A aeronave partiu de São Paulo (SP) no domingo 31, com destino a Ilhabela, mas ficou desaparecida até esta sexta-feira, 12.
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O local isolado e a chuva dificultaram o acesso das equipes para a operação nesta sexta-feira, quando a polícia encontrou o helicóptero. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar passaram a noite em uma área próxima ao local em que a aeronave caiu para preservar a região.
A bordo, estavam Luciana Rodzewics, de 45 anos; sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; Raphael Torres, de 41 anos, amigo de ambas; e Cassiano Tete Teodoro, o piloto, de 44 anos. A queda foi fatal para todos.
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A retirada dos corpos aconteceu na manhã deste sábado. As equipes acessaram o local por uma trilha. Os cadáveres foram levados até uma estrada de terra próxima, onde foram colocados em um carro e levados até o Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os corpos chegaram ao IML nesta tarde e passaram por exame necroscópico. Eles serão levados até a capital paulista para as famílias, onde devem ser velados.
Corpos foram identificados por DNA e impressões digitais
Segundo a Polícia Civil, os familiares das vítimas não precisaram ir até o local do acidente para fazer o reconhecimento, já que os corpos foram identificados com coleta de DNA e impressões digitais.
Os investigadores da Força Aérea Brasileira (FAB) concluíram, neste sábado, a perícia no local do acidente para a investigação das causas da queda. Ainda não há um prazo para a conclusão das investigações, mas devem ocorrer “no menor prazo possível”, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
O helicóptero caiu em uma fazenda de difícil acesso. O local fica a 11 km de onde a aeronave chegou a fazer um pouso de emergência. Os policiais montaram uma base próximo ao local para a operação de retirada dos corpos. Por meio de uma trilha, são cerca de 1h da base ao local do acidente.
Dano em árvores indica queda acentuada do helicóptero
Uma das pistas que indica como aconteceu a queda do helicóptero está no topo das árvores, no local onde se encontraram os destroços.
De acordo com o especialista em segurança de voos Roberto Peterka, a trajetória do impacto pode indicar perda de controle consequente de desorientação. Além disso, pode ter havido algum tipo de falha mecânica.
“Indica que o helicóptero quebrou aquelas pontas das árvores e não foi muito longe, acabou quase ao pé delas”, afirmou Peterka. “Esse ângulo de incidência do impacto no solo foi antecedido por um grande ângulo de projeção da aeronave. Ou seja, ele vinha e não foi um pouso, digamos, com leve ângulo de aproximação.”
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O especialista ainda diz que essa projeção pode ser feita quando se traça uma linha imaginária dos destroços do helicóptero, que passaria perto dos topos de árvores quebrados.
A aeronáutica, por sua vez, acionou uma equipe de investigadores do Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV). Os agentes vão fazer uma Ação Inicial da ocorrência — nome técnico do procedimento que verifica as primeiras evidências de danos no helicóptero.
Uma nota muito, muito triste: em meio às dificuldades do vôo, chegaram a fazer pouso de emergência e estavam vivos. O que os teria levado a tentar prosseguir em meio às chuvas e falta de visibilidade? Nunca saberemos.
RIP Que descansem em paz. .
leis de Murphy que têm base científica
Se algo pode dar errado, dará …
O historial do piloto sempre indicou que terminaria assim.