A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira, 13, o uso emergencial da associação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe, para o tratamento de pacientes com sintomas leves e moderados da covid-19.
Produzido pela empresa Eli Lilly do Brasil Ltda., o medicamento usa a combinação de anticorpos fabricados em laboratório que, quando injetados no organismo, ajudam a combater a infecção.
Indicação e eficácia
O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio. A medicação deve ser administrada por infusão intravenosa, não pode ser adquirida em farmácia e o uso é restrito a hospitais, sob prescrição médica.
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De acordo com o estudo clínico apresentado à agência, o tratamento reduz em até 70% o risco relativo da covid-19. Segundo a Anvisa, ainda não há comprovação de segurança ou eficácia do tratamento contra a variante P1, identificada inicialmente em Manaus. O tratamento já foi autorizado em fevereiro pela Food and Drug Administration (FDA), a agência equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, e em março pela Agência Europeia de Medicamentos.
Outros medicamentos
Este é o terceiro medicamento aprovado pela Anvisa para combater a covid-19. Em março, a agência brasileira anunciou o registro do antiviral remdesivir. Em abril, o órgão regulador aprovou o uso emergencial do Regn-CoV2, uma combinação de dois outros anticorpos monoclonais, casirivimabe e imdevimabe.