O Estado de São Paulo registrou pela primeira vez, desde o início da pandemia, menos de 1.000 pacientes internados com covid-19 nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os dados foram divulgados ontem, sábado 4, pelo governo paulista.
De acordo com os números oficiais, 982 pacientes com a doença estão internados nas UTIs do Estado. Há ainda outros 1.168 nas enfermarias, totalizando 2.150 pessoas hospitalizadas. A taxa de ocupação dos leitos de UTI em São Paulo é de 21,5%, enquanto na Grande São Paulo alcança 27%. No momento mais grave da peste chinesa, o Estado chegou a registrar mais de 31 mil pessoas internadas — metade delas em terapia intensiva.
“No pico da segunda onda da pandemia, esse número foi 15 vezes maior, o que evidencia o êxito da campanha de vacinação no combate à doença”, informou o governo paulista em nota. Naquela época, o número de hospitalizados ultrapassou a marca de 31 mil pessoas, com 15 mil delas em terapia intensiva.
Anvisa versus Doria
Na última sexta-feira, 3, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou uma nota técnica à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo recomendando a reavaliação da redução do intervalo da dose de reforço da vacina contra a covid-19 — que foi de cinco para quatro meses.
Conforme noticiou Oeste, o governo paulista considerou especialmente os três casos da variante Ômicron na capital. A administração estadual entende que, como o Brasil não obriga a apresentação do comprovante de esquema vacinal completo para viajantes, a antecipação da dose de reforço se faz necessária.
No entanto, a Anvisa informou não haver evidências de que os benefícios da antecipação superem os riscos desconhecidos de aplicação diferente do que consta na bula dos imunizantes “Alertamos que a redução generalizada do intervalo para a aplicação da dose de reforço das diferentes vacinas pode favorecer o aumento de reações adversas desconhecidas”, diz o comunicado.