Quem passa em frente à Praça Princesa Isabel, no centro da cidade de São Paulo, se surpreende com a limpeza, a ausência de moradores de rua e barracas. O local abrigou a cracolândia por quase quatro meses, depois de os viciados deixarem as imediações da Estação Júlio Prestes, perto dali, a mando do tráfico.
Contudo, basta andar poucos metros para ver que os viciados tomaram conta dos quase 2 quilômetros da Avenida Rio Branco, uma das principais vias da capital. Diariamente, é comum ver sacolas voando com a passagem de carros, um amontoado de gente dormindo no meio-fio da avenida e nas calçadas, além de restos de marmita no chão, que exalam um forte odor.
Pablo Ferreira, 32 anos, mora na Rua dos Gusmões, paralela à Rio Branco. Comerciante, ele tem uma loja de eletrônicos a dois quarteirões de casa. Sua rotina era a da maioria das pessoas: acordar cedo e ir trabalhar. O dia a dia, porém, mudou drasticamente após a mais recente mudança da cracolândia, cujos tentáculos chegaram às portas de Ferreira. Os viciados também estão em trechos do quadrilátero composto das ruas Osório, Santa Ifigênia e Andradas.
Hoje, para vender seus produtos, Ferreira tem de manter as portas semiabertas. Quando os viciados estão agitados, não consegue nem abrir a loja. “Eles entram no estabelecimento e furtam”, disse. “Se chamamos a polícia, sofremos represália.” Segundo Ferreira, os moradores vivem com medo. Por isso, passou a buscar o filho e a mulher na Estação Júlio Prestes, por receio de deixá-los voltar para casa sozinhos.
Ferreira disse ainda que as noites têm sido bem complicadas, devido ao som alto e às vozes das pessoas comercializando drogas a céu aberto.
Na manhã de ontem, cerca de 50 dependentes químicos invadiram uma lanchonete na Rua dos Gusmões.
Usuários de drogas da Cracolândia invadem lanchonete no centro de São Paulo nesta quarta (6). Grupo de até 50 pessoas arrombou a porta de ferro e saqueou o estabelecimento na Rua Santa Ifigênia. pic.twitter.com/s3JbVLJZtZ
— Gazeta Brasil (@SigaGazetaBR) July 6, 2022
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A cena se repete a pouco mais de 1 quilômetro do local. No sentido da Avenida Paulista, viciados e demais moradores de rua se amontoam embaixo dos 3,5 quilômetros do Minhocão, antigo Elevado Presidente Costa e Silva, em uma “minicracolândia”. Em alguns momentos do dia, é comum o trânsito ficar congestionado, devido à locomoção de drogados.
Ao jornal Folha de S.Paulo, a Secretaria de Segurança Pública informou que, em uma reunião com representantes da prefeitura e de moradores da Santa Cecília, ficou acertado que a PM intensificará o policiamento na região.
Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que “está atenta às movimentações no território, que estão muito dinâmicas, e está trabalhando para reduzir ao máximo o incômodo aos vizinhos e ao comércio”, além de comunicar que a Guarda Civil Metropolitana “patrulha ostensivamente a área”.
Até o momento, nada foi feito.
Leia também: “Apocalipse zumbi”, reportagem publicada na Edição 107 da Revista Oeste
A esmagadora maioria desse pessoal nem é de São Paulo.
Pagamos o preço por sermos um estado eficiente e rico.
Quem lucra com o estado deplorável de saúde dessa gente?
Quem obtém voto sob o pretexto de ‘cuidar’?
Quem impede a efetiva resolução de tais problemas?
É sempre uma sigla que surge na cabeça…
Já falei e volto a repetir….TEM DE INTERNA COMPULSÓRIAMENTE e os vereadores tem de acabar/cassar as leis municipais que incentivam essa bandidagem de nóias…
A PM NÃO PODE FAZER NADA!!
Tem delegados que ficam irritados quando levam um nóia para a delegacia…a a patrulha que levou tem de ficar horas esperando a boa vontade do escrivão…DESISTIRAM DE COMBATER NÓIAS.
è mais fácil e divertido para a PM e GCM ficarem atrás de moleques e suas parangas…adoram falarem merdas, fazer gracejos violentos (como dar tapa e chute desnecessários) com os moleques …que COMPRAM suas drogas com dinheiro do trabalhos deles de entrega, call center ou puxadores de loja. A PM só foca nesses.
O traficante MESMO, o VAPOR….aaahhh eles conhecem e ignoram.
TEM DE ABOLIR AS LEIS QUE FAZEM DO BRASIL O PARAISO DOS NÓIAS!
MP-SP ..investiguem a riqueza da Soninha Francine e do Padre Julio.