As terras dos poianauas, grupo indígena no Acre, têm potencial para gerar créditos de carbono, de acordo com estudo feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O levantamento mostrou que os indígenas têm priorizado atividades agrícolas em áreas já alteradas, investido na recomposição de trechos degradados e na implantação e fortalecimento de quintais agroflorestais [manejo de árvores e arbustos juntamente com diferentes produções].
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Com base nos dados da biomassa florestal, da série histórica de desmatamento de 1988 a 2017, e de inventários florestais, os pesquisadores acreditam que a redução pode evitar a emissão de mais de 6 mil toneladas de gás carbônico por ano até 2025.
De acordo com as diretrizes de negociação mundial de créditos de carbono, cada tonelada evitada equivale a US$ 6. Para um período de 20 anos (2006 a 2025), como foi considerado pela pesquisa, esse valor estaria próximo dos R$ 3,9 milhões se convertido pela atual cotação.