O deputado estadual Anderson Moraes (PL) apresentou, nesta quarta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), um projeto para acabar com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e levar o contingente para as ruas.
Moraes acredita que o efetivo de 5 mil policiais, que ainda atua no programa implementado há 15 anos nas favelas e áreas de risco do Estado, pode ser melhor aproveitado na proteção aos moradores do Rio.
“E muito importante nós tirarmos as forças de segurança daquele ambiente de certa forma hostil”, disse. “O contingente está onde existe um arsenal infinitamente maior do que o dos nossos policiais.”
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O parlamentar assegura que, se aprovado, o projeto vai beneficiar tanto a população quanto as forças policiais: “Esse projeto é para podermos também garantir a qualidade de vida dos policiais.”
Anderson explica que as UPPs mantêm um grupo de seis policiais nas unidades dentro das favelas, “onde existem mais de 200 criminosos armados com fuzis.” Para o deputado, o efetivo faz falta nas ruas, com os crimes de assalto aumentando na capital fluminense.
“Esse efetivo está fazendo imensa falta aqui no Estado do Rio de Janeiro”, afirmou. “Vamos trazer esses 5 mil policiais para as ruas. Tenho certeza de que não veremos mais cenas horríveis, como estamos vendo senhoras de idade sendo roubadas e agredidas.”
Deputados federais, estaduais e vereadores da capital se unem na busca de solução para a crise de segurança no Rio
Na próxima semana, o deputado federal General Pazuello (PL-RJ) vai coordenar, junto com o deputado estadual Márcio Gualberto (PL), uma reunião na Alerj para tratar da onda de violência que aumentou, especialmente, na capital fluminense.
Participarão do encontro membros das comissões de Segurança Pública da Alerj e da Câmara Municipal do Rio. Será a primeira vez que as comissões de segurança das três esferas — Município, Estado e União — se unem em grupo de trabalho na busca de soluções.
Neste primeiro momento, o objetivo do grupo será elaborar propostas de políticas, estratégias, ações e projetos de lei.
Também estarão na reunião representantes estaduais do Tribunal de Justiça do Ministério Público, do Ministério Público Militar, da Superintendência da Polícia Federal, da direção regional da Polícia Rodoviária Federal, além de outros órgãos estaduais e entidades de classe.
Saiba como funcionam as UPPs
As UPPs foram criadas em 2008 pela Secretaria Estadual de Segurança do Rio. A primeira unidade foi instalada na favela Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Nos quatro anos subsequentes, os homicídios no local foram reduzidos a zero, e o programa recebeu elogios no Brasil e no exterior.
No entanto, anos depois da implantação da primeira UPP, o programa não alcançou seu principal objetivo, de aproximar as forças policiais da comunidade, e entrou em declínio.
Em 15 anos de operação, as UPPs enfrentaram desafios e críticas, incluindo a corrupção de policiais e a dificuldade de manter a presença constante de um contingente em determinadas áreas.
Aí sim, a “coisa” começará a funcionar…Estes policiais de escritório de nada servem para a segurança do Estado do RJ.