Em seu depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 27, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, admitiu que o cronograma de entrega de doses da CoronaVac — vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac — não será cumprido em função do atraso na chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China.
“Estamos na vigência do contrato de entrega de 54 milhões de doses e ele deveria ser cumprido até o dia 30 de setembro. Neste momento, esse cronograma não se sustenta, porque a matéria-prima não está chegando conforme programado”, afirmou Covas aos parlamentares.
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“Ainda não temos uma programação para dizer se cumpriremos até 30 de setembro este contrato. Existe lá [na China] um rito burocrático que tem durado mais de mês para obter essa liberação [dos insumos]”, completou.
O Ministério da Saúde firmou com o Butantan um segundo contrato que prevê o fornecimento de 54 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do governo federal. O acordo ainda estipula a possibilidade de 30 milhões de doses adicionais. No primeiro contrato, já cumprido, foram disponibilizados 46 milhões de doses do imunizante.
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