A Embraer avançou com a comercialização para outros países da maior aeronave que a empresa já desenvolveu. Trata-se do avião militar de carga C-390.
O modelo, anunciado em 2009, custou U$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões). O cargueiro foi desenvolvido em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).
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Até o ano de 2022, a empresa apenas fechou contrato com Portugal (em 2019), Hungria (2020) e Holanda (2022). Em contrapartida, em 2023, a Embraer acertou com Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul. Há ainda conversas com a Arábia Saudita e a Índia.
Para 2024, no entanto, há uma expectativa positiva sobre a possibilidade de as vendas aumentarem. Na Índia, por exemplo, a Embraer está tentando vender de 40 a 80 aviões. No momento, a empresa negocia um parceiro local para ser seu representante no país — uma exigência colocada pelo governo indiano.
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Também há negociações em andamento com a Arábia Saudita. No país árabe, uma frota de 60 aviões precisa ser aposentada. Destas, 23 podem ser substituídas pelo C-390.
De acordo com Alberto Valerio, analista do banco UBS BB, a empresa tem avançado nas negociações políticas e adaptado os aviões de acordo com as demandas dos governos.
A Embraer reforçou seu time de vendas no exterior
O presidente da Embraer Defesa & Segurança, João Bosco Costa Junior, que assumiu o cargo há pouco mais de um ano, estabeleceu um diretor de vendas na Europa. Ele também colocou funcionários na Coreia do Sul, na Arábia Saudita e na Holanda. Antes disso, o setor comercial da área de defesa era concentrado no Brasil.
Valor da companhia pode aumentar na Bolsa de Valores
A comercialização de um maior número de aviões militares para outros países pode melhorar os custos fixos da fabricação e aumentar a margem de lucro da Embraer. Isso pode elevar o valor da companhia na Bolsa de Valores, segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo.
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