A concessionária Enel anunciou, nesta quinta-feira, 30, um plano de compensação para uma parte dos clientes afetados pelo apagão ocorrido depois de uma tempestade na Região Metropolitana de São Paulo, no dia 3 de novembro.
+ Leia as últimas notícias do Brasil no site da Revista Oeste
Isenção pelo apagão
Segundo a empresa, os clientes de baixa renda cadastrados no programa Tarifa Social e que ficaram, ao menos, 48 horas sem energia elétrica, terão isenção de três contas mensais.
O benefício também é válido para clientes cadastrados na Enel como eletrodependentes — que dependem de aparelhos elétricos para sobreviver — e foram afetados pela falta de luz.
Quem tiver débitos em aberto com a Enel poderão ter até três contas atrasadas zeradas, substituindo a isenção nas futuras cobranças. A isenção já será aplicada nas contas de dezembro de forma automática para os clientes que atendam aos critérios mencionados.
Enel não apresentou plano de indenização
Apesar do anúncio das medidas, a Enel ainda não apresentou o plano de indenização cobrado pela Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A comissão analisa a atuação da concessionária, desde que assumiu a distribuição de energia elétrica em parte do Estado.
Segundo integrantes da CPI, o prazo para isso venceu na terça-feira 28. No dia seguinte, o presidente da empresa em São Paulo, Max Xavier Lins, disse ao colegiado que não houve tempo hábil para que a empresa elaborasse uma forma de indenizar os consumidores prejudicados pelo apagão.
Lins também declarou que a companhia não assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público para indenizar os consumidores e disse que a Enel vai apresentar um plano de ressarcimento até 6 de dezembro.
+ Leia também: Presidente da Enel diz à CPI não garantir ressarcimento à população