A Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) informou que o estado de saúde do sargento Roger Dias, de 29 anos, baleado duas vezes na cabeça durante uma perseguição a dois suspeitos no bairro Aarão Reis, na zona norte de Belo Horizonte, é “irreversível”. O crime ocorreu na noite da sexta-feira 5.
De acordo com a major Layla Brunella, o Hospital João XXIII deu início aos protocolos para constatar a morte cerebral do sargento. “Oficialmente, ainda não há declaração de morte”, salientou. “A situação inicialmente é irreversível. A morte só será declarada, se acontecer, quando o hospital disser. E ainda não foi feito.”
Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais foi baleado na cabeça durante uma perseguição e está em estado gravíssimo no hospital. Ele tem uma filha recém-nascida.
— Eduardo Ribeiro (@eduribeironovo) January 6, 2024
O autor do disparo é mais um dos beneficiados pelo indulto de Natal que não retornou à prisão. pic.twitter.com/8IQcmw6qGt
Roger Dias completou uma década na Polícia Militar neste sábado, 6. Desde a tentativa de assassinato, o militar passou por cirurgias. A PM aguarda os exames médicos para confirmar a provável morte cerebral.
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A Polícia Militar acredita que o responsável por ter efetuado os disparos é um homem de 25 anos, que não teria retornado à prisão depois de ter sido beneficiado com a saída temporária de fim de ano. Ele foi baleado e preso durante a perseguição. Posteriormente, o outro suspeito também foi capturado por agentes da polícia.
Conforme o boletim de ocorrência do caso, a PM recebeu informações de que dois homens estavam andando armados em um Fiat Uno de cor cinza no bairro Aarão Reis. Equipes do 13º Batalhão identificaram o veículo e começaram a perseguição por volta de 22h17, na Avenida Risoleta Neves. Segundo os registros, os suspeitos não obedeceram à ordem de parada.
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Durante a perseguição, o motorista do Fiat Uno teria perdido o controle do veículo e batido em um poste nas imediações. Depois do acidente, ele e o outro homem que estavam no carro desceram às pressas e continuaram a fuga a pé, segundo o boletim. Ao se aproximar de um deles, o sargento Roger Dias foi surpreendido por disparos de arma de fogo, realizados à queima-roupa.
“Ele [o autor] faz essa menção de se entregar e, nesse momento, saca uma arma de fogo e efetua quatro disparos”, disse, em coletiva de imprensa realizada neste sábado, 6, a major da Polícia Militar Layla Brunella. O vídeo, captado por câmeras de segurança da região, mostram o momento em que o agente é atingido.
Atirador tem passagens pela polícia
Segundo o boletim de ocorrência, o sargento Roger Dias foi levado inicialmente para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, e posteriormente transferido para o Hospital João XXIII, na região centro-sul de Belo Horizonte. A Polícia Militar informou que o quadro de saúde do policial militar, que completaria 10 anos de corporação neste sábado, é considerado “irreversível”.
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Os dois suspeitos foram detidos, ambos com ferimento de arma de fogo, e encaminhados para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, de acordo com a PM. Um deles, apontado como o autor dos disparos, foi capturado durante a perseguição, enquanto o outro foi encontrado em buscas posteriores realizadas por policiais. A gravidade dos ferimentos não foi informada.
“O autor que disparou contra o nosso policial militar possui 18 registros pela Polícia Militar, é oriundo do sistema penal e estava de saidinha de Natal”, disse a major Layla Brunella. Segundo a policial, o homem deveria ter retornado para a prisão ainda em dezembro, mas não o fez. “Ele tem passagens, das mais diversas, por roubo, falsidade ideológica, receptação, tráfico de drogas e ameaças.”
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Mais um caso de “saidinha” que acaba em não retorno e novo crime. Como sustentar o argumento de que a “saidinha” ajuda na recuperação do meliante? Cadê os nossos legisladores para acabar com essa vergonha? Antes o policial tivesse cancelado o CPF dele. Estaria vivo agora e a sociedade livre de um assassino.
Tem que acabar com essas saidinhas. O policial deveria ter atirado no bandido. Um rapaz jovem, em estado grave num hospital, porque não meteu bala no bandido. Bandidos tem que ser abatidos.